Segundo informou o jornal The Mail on Sunday, a Janssen, parte da Johnson and Johnson, pretende testar a vacina em bebês recém-nascidos e grávidas. Hanneke Schuitemaker, que é chefe de descoberta de vacinas virais na Janssen, disse que as discussões começaram a aprovar estudos sobre os efeitos da vacina em crianças de 16 e 17 anos e depois disso “iremos mais longe para crianças de 12 anos, mas até mesmo para recém-nascidos em um determinado ponto, se tudo correr bem”, disse ao The Mail on Sunday.
A Janssen no mês passado revelou que testes em adultos mostraram que sua vacina de dose única da covid é 66% eficaz na prevenção do coronavírus. O Reino Unido encomendou 30 milhões de doses da vacina Janssen e as entregas devem chegar no segundo semestre deste ano, se a vacina for aprovada pelos reguladores.
Teste em crianças de 6 a 17 anos
A vacina de Oxford AstraZeneca contra o coronavírus será testada em crianças de 6 anos. Os pesquisadores devem testar a vacina em 300 crianças voluntárias com idade entre 6 e 17 anos. O ensaio clínico irá avaliar se a vacina produzirá uma forte resposta imunológica em crianças nessa faixa etária. A vacina da Oxford é uma da duas aprovados para uso em adultos no Brasil, junto com a Coronavac, produzida pelo Instituto Butantã em parceria com o laboratório Sinovac.
Andrew Pollard, professor de infecção pediátrica e imunidade e investigador principal do ensaio da vacina Oxford disse que: “Embora a maioria das crianças não seja relativamente afetada pelo coronavírus e seja improvável que adoeça com a infecção, é importante estabelecer a segurança e a resposta imunológica à vacina em crianças e jovens, pois algumas crianças podem se beneficiar da vacinação. Esses novos testes ampliarão nossa compreensão do controle do SARS-CoV2 para grupos de idades mais jovens”.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, estabeleceu nesta sexta-feira um forte contraste com a política externa de seu antecessor muito criticado, Donald Trump, prometendo acabar com a diplomacia transacional e promover a democracia sobre as autocracias.
O presidente democrata, que tomou posse há um mês, utilizou sua primeira grande aparição em âmbito global – uma “visita virtual” à Europa – para tentar restabelecer os Estados Unidos como um participante multilateral após quatro anos da políticas desagregadoras de “America First” perseguidas por Trump.
Em um discurso remoto na Conferência de Segurança de Munique, Biden traçou uma diferença marcante com a política externa mais transacional praticada por Trump, que irritou aliados ao romper acordos globais e ameaçar encerrar a assistência de defesa a menos que eles seguissem sua linha.
“Nossas parcerias têm durado e crescido ao longo dos anos porque estão enraizadas na riqueza de nossos valores democráticos compartilhados. Não são transacionais. Não são extrativistas. Elas são construídas sobre uma visão do futuro onde cada voz é importante”, disse ele.
“Eu sei, eu sei que os últimos anos de tensão testaram nosso relacionamento transatlântico, mas os Estados Unidos estão determinados – determinados a se reencontrarem com a Europa”, completou.
Biden disse aos aliados dos EUA que eles devem se manter firmes contra os desafios colocados pela China, Rússia e Irã, mencionando que o Moscou está tentando enfraquecer a aliança transatlântica e pedindo uma frente unida para combater o que ele chamou de práticas econômicas abusivas da China.
Biden chegou distribuindo presentes – uma promessa de 4 bilhões de dólares de apoio aos esforços globais de vacinação contra o coronavírus, a reentrada do país no acordo climático de Paris e a perspectiva de uma medida de gastos em torno de 2 trilhões de dólares, que poderia impulsionar as economias dos EUA e do mundo.
Pela primeira vez, Biden encontrou-se com líderes do G7 do Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Canadá e Japão por videoconferência nesta sexta-feira. Ele planeja acompanhar as nações em uma cúpula presencial organizada pelo Reino Unido neste verão, afirmou uma autoridade a repórteres.
Em seu apogeu, o grupo extremista autodenominado Estado Islâmico (EI) chegou a controlar um território do tamanho do Reino Unido (ou do Estado de São Paulo) que se estendia entre a Síria e o Iraque.
Um plano secreto para nomear um novo líder, no entanto, estava em andamento.
“Sim, é este: Abdullah Qurdash. Ou seu outro nome: Amir Mohamed Saied Abdulrahhman“, afirmou Salem, um membro do Estado Islâmico detido pelo serviço de inteligência iraquiano, ao apontar para uma fotografia que foi mostrada por Feras Kilani, jornalista do serviço árabe da BBC.
Esta é, portanto, a história de um califa sem califado. Do novo líder do Estado Islâmico.
Para começar a contá-la, você precisa se deslocar a 35 quilômetros de Mossul, a segunda maior cidade do Iraque. É onde se encontra Al Mehalabiya, a cidade que viu nascer o novo líder do grupo.
O comandante Ahmed é o responsável por essa missão, um trabalho que envolve grande risco pessoal.
Famosa por infiltrar espiões dentro do grupo jihadista, esta brigada desempenha um papel fundamental na luta contra os extremistas.
Uma família respeitada
Ele teve 17 filhos. Abdullah, um deles, nasceu em 1976.
A população local ainda se lembra deles: eram educados e muito respeitados.
Abdullah Qurdash é o líder do Estado Islâmico desde que seu antecessor, Abu Bakr al Baghdadi, foi morto em um ataque dos EUA em 2019 — Foto: BBC
Mas apesar de levar uma vida tranquila, se comentava que Abdullah estava sendo radicalizado por grupos locais…
“Esta é uma região remota, vasta… A Al Qaeda se desenvolveu aqui no Iraque em 2003. Eles tinham uma boa base de seguidores”, explica Abdel Rahman al Dawla, prefeito de Al Mehalabiya.
Assim, em 2003, quando as forças lideradas pelos EUA invadiram o Iraque, Abdullah já participava de grupos jihadistas menores.
Mas, assim como tantos outros, ele os abandonaria para se juntar a uma operação muito maior: a Al Qaeda.
À medida que o Iraque era tomado pela violência, a formação religiosa de Abdullah e sua longa história com grupos extremistas rapidamente fizeram dele um membro de destaque.
Em 2008, no entanto, ele foi detido pelos EUA e levado para a prisão de Bucca.
Durante meses, foi interrogado pelas forças americanas.
Dizem que ele deu informações sobre dezenas de membros de sua organização, algo que a BBC não conseguiu confirmar.
E de repente, em 2010, Abdullah foi solto.
Adesão ao Estado Islâmico
Abu Bakr al Baghdadi, o primeiro líder do Estado Islâmico, promoveu Abdullah na hierarquia de comando enquanto perdia homens em confrontos armados — Foto: Getty Images via BBC
Após sair da prisão, Abdullah se juntou imediatamente a Abu Bakr al Baghdadi, o então líder do Estado Islâmico.
Sem dúvida, “um dos líderes mais proeminentes, muito próximo de Al Baghdadi”.
Em maio de 2012, Abdullah recebe uma nova identidade. Sua aparência muda ligeiramente.
Naquela época, a maior parte das forças americanas havia se retirado do Iraque, dando ao Estado Islâmico tempo para se reagrupar. Diante de um governo impopular, o grupo começou a ganhar adeptos.
Ao ver a fotografia dele, um ex-líder das forças de segurança do Estado Islâmico, agora transformado em um informante valioso, confirma à BBC a identidade de Abdullah.
Ele afirma que se encontrou várias vezes com o novo líder.
“O que percebi é que ele não é um intelectual, de um modo geral, ele não tem a capacidade de fazer discursos como Al Baghdadi, que uma vez discursou em público sem papéis nas mãos. Não acho que Abdullah seja capaz de fazer o mesmo”.
À medida que as ambições do Estado Islâmico se expandiam, Abdullah assumiu o papel de ministro da Justiça, supervisionando as execuções e punições horripilantes.
A crueldade de Abdullah
Em 2019, o Estado Islâmico viu seu domínio reduzido a uma pequena faixa de terra em Baghouz, na Síria — Foto: Getty Images via BBC
Quando o Estado Islâmico entrou na cidade de Sinjar em 2014, a crueldade e a crescente influência de Abdullah realmente deram as caras.
Eles mataram milhares de membros da minoria yazidi.
Mas a questão do que fazer com as mulheres yazidis dividiu o Estado Islâmico.
De acordo com sua própria interpretação da sharia (lei islâmica), alguns queriam escravizá-las.
Salem al Jubouri testemunhou a disputa na organização. Ele era próximo ao então líder Al Baghdadi.
Um grupo de criminosos armados invadiu uma escola na Nigéria nesta quarta-feira (17) e sequestrou mais de 40 pessoas, entre alunos e professores e pais. De acordo com autoridades locais ouvidas pela Associated Press, um estudante morreu baleado ao tentar escapar.
Relatos de alunos e professores que conseguiram deixar o local informam que a quadrilha invadiu a escola, localizada na cidade de Kagara, ainda pela madrugada. Vestindo roupas semelhantes a fardas militares e se apresentando como soldados, os invasores ameaçaram os estudantes que descansavam nos dormitórios da instituição.
Ao reunir os alunos no pátio da escola, vários dos reféns correram em direção a um matagal. Os criminosos, então, perseguiram os estudantes e funcionários retidos e começaram a disparar.
O governador do estado de Niger, Abubakar Sani Bello, fechou as escolas e pediu ao presidente Muhammadu Buhari que reforçasse a segurança na região. Não há informação sobre o local para onde os reféns foram levados nem se há outras vítimas do ataque.
Sequestros na Nigéria
Sequestros por milícias armadas se tornaram comum na Nigéria nos últimos meses. Em dezembro, mais de 300 estudantes foram feitos reféns em uma escola da cidade de Kankara. Todos foram libertados posteriormente.
Há três dias, homens armados atacaram um ônibus e sequestraram 21 passageiros. Desses, 10 foram libertados, segundo o governo local.
Nenhum grupo assumiu autoria dos ataques. A Associated Press, entretanto, informa que o grupo terrorista islâmico Boko Haram se opõe às escolas que adotam modelos ocidentais de ensino e já esteve por trás de outros sequestros.
Porém, em outra linha, há grupos organizados não necessariamente ligados a facções islâmicas que também sequestram estudantes em troca de dinheiro.
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