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Juiz multa Trump e ameaça prendê-lo por desacato em julgamento

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O juiz que supervisiona o julgamento criminal de Donald Trump sobre suborno multou, nesta terça-feira (30), o ex-presidente dos EUA em US$ 9 mil por desacato ao tribunal. Ele disse ainda que consideraria a possibilidade de prendê-lo se Trump continuasse a violar uma ordem de silêncio.

Em uma ordem escrita, o juiz Juan Merchan disse que a multa pode não ser suficiente para dissuadir o rico empresário, que se tornou político, e lamentou não ter autoridade para impor uma penalidade maior.

“O réu é advertido de que o tribunal não tolerará violações intencionais de suas ordens legais e que, se necessário e apropriado de acordo com as circunstâncias, imporá uma punição de encarceramento”, escreveu Merchan.

Merchan impôs a ordem de silêncio para evitar que Trump criticasse testemunhas e outros envolvidos no caso.

Publicações

O juiz multou Trump em mil dólares por cada uma das nove declarações online que, segundo ele, violaram a ordem de não criticar testemunhas ou outros participantes do julgamento. Os promotores haviam sinalizado dez publicações como possíveis violações.

As publicações, feitas entre 10 e 17 de abril, incluíam um artigo chamando seu ex-advogado Michael Cohen de “mentiroso em série”. Espera-se que Cohen seja uma testemunha importante no julgamento.

Outra publicação citava um comentarista da Fox News que afirmou que “ativistas progressistas disfarçados” estavam tentando entrar sorrateiramente no júri. Merchan rejeitou o argumento de Trump de que ele não poderia ser responsabilizado por “repostagens” de material que ele mesmo não escreveu.

Merchan considerará a possibilidade de, em uma audiência na próxima quinta-feira (2), impor outras penalidades por outras declarações.

O juiz também ordenou que Trump removesse as declarações de sua conta no Truth Social e do site de sua campanha até as 15h15 (horário de Brasília) de hoje.

Quando foi questionado pelos repórteres para comentar a multa durante um intervalo, Trump não respondeu.

Trump argumentou que a ordem de silêncio viola seus direitos de liberdade de expressão, e seu advogado Todd Blanche disse a Merchan na semana passada que as declarações em questão eram respostas a ataques políticos.

Merchan observou que Blanche não conseguiu fornecer nenhuma evidência de que as esperadas testemunhas tivessem atacado Trump antes que ele as insultasse.

A multa de US$ 9 mil, que deve ser paga até sexta-feira (3), é uma penalidade relativamente pequena para Trump, que já pagou US$ 266,6 milhões em cauções enquanto recorre de sentenças civis em dois outros casos.

A prisão, no entanto, seria uma reviravolta sem precedentes no primeiro julgamento criminal de um ex-presidente dos EUA.

Não está claro se Trump seria enviado para a prisão de Rikers Island, na cidade de Nova York, ou se as questões de segurança exigiriam um tratamento mais brando, como o confinamento em casa em seu triplex da Trump Tower.

Acusação

Trump, o candidato republicano à eleição presidencial de 2024, é acusado de falsificar registros comerciais para ocultar um pagamento de US$ 130 mil à estrela pornô Stormy Daniels em troca de seu silêncio sobre um encontro sexual que ela disse ter tido com Trump em 2006.

Trump se declarou inocente e negou ter tido relações sexuais com Stormy, cujo nome verdadeiro é Stephanie Clifford.

O banqueiro Garry Farro, que não é acusado de irregularidades, testemunhou nesta terça-feira que Cohen usou uma empresa de fachada para transferir o pagamento de US$ 130 mil para o advogado de Stormy.

Cerca de duas dúzias de apoiadores de Trump se reuniram do lado de fora do tribunal na manhã de hoje, gritando seu nome e agitando faixas com os dizeres TRUMP 2024. Uma organização republicana local convocou os apoiadores a comparecerem depois que Trump reclamou que poucas pessoas estavam protestando contra o julgamento.

Trump é obrigado a comparecer ao julgamento e disse que, em vez disso, poderia estar fazendo campanha antes de sua revanche com o presidente democrata Joe Biden na eleição de 5 de novembro.

O processo criminal é um dos quatro pendentes contra Trump, mas pode ser o único a ir a julgamento e resultar em um veredicto antes da eleição.

Fonte: EBC Internacional

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Desmontado acampamento pró-palestino na Universidade da California

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A polícia retomou nesta quarta-feira (15) uma sala de aula de manifestantes pró-palestinos que ocuparam o prédio por horas na Universidade da Califórnia, em Irvine, e depois desmontou um acampamento de estudantes que permanecia por mais de duas semanas, segundo testemunhas.

Agentes de cerca de 10 distritos policiais convergiram para o campus, depois que as autoridades da universidade solicitaram ajuda porque os manifestantes haviam ocupado uma sala de aula, levando a escola a declarar que se tratava de um “protesto violento”, segundo a polícia e as autoridades da universidade.

Cerca de quatro horas depois, a polícia expulsou os manifestantes tanto da sala quanto da praça que havia sido o local do acampamento, de acordo com a universidade e testemunhas da Reuters.

“A polícia retomou a sala de aula”, disse o porta-voz da UC Irvine, Tom Vasich, por telefone, do local: “a praça foi liberada pelos policiais.” Vasich afirmou que houve um “número mínimo de prisões” e caracterizou os manifestantes como “relutantemente cooperativos”.

Horas antes da meia-noite, a universidade informou que a atividade policial havia terminado no campus e que todas as aulas seriam ministradas remotamente nesta quinta-feira (16), pedindo aos funcionários que não fossem ao campus.

A manifestação em Irvine, que fica cerca de 65 quilômetros ao sul de Los Angeles, é a mais recente de uma série de protestos em universidades nos Estados Unidos contra a guerra em Gaza, para a qual os ativistas pediram um cessar-fogo e a proteção de vidas civis, exigindo que as universidades se desfaçam de negócios israelenses.

Fonte: EBC Internacional

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Tropas de Israel avançam para o Norte de Gaza

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O governo de Israel afirmou que quatro batalhões do Hamas estão agora em Rafah, juntamente com os reféns raptados durante o assalto de 7 de outubro, mas enfrenta a pressão dos Estados Unidos, da Europa e das Nações Unidas para não invadir a cidade, onde centenas de milhares de civis palestinos deslocados estão abrigados.

“A operação em Rafah ainda é limitada no espaço e nos alvos”, informou o porta-voz militar tenente-coronel Nadav Shoshani, nesta quinta-feira (16), acrescentando que os ataques foram baseados em informações específicas sobre a atividade dos militantes.

No Norte da Faixa de Gaza, em Jabaliya, um campo de refugiados com décadas de existência, as forças israelenses bombardearam o principal mercado.

Quatro palestinos morreram hoje, em um bombardeio israelense que teve como alvo uma residência no centro de Rafah, segundo o hospital desta cidade no extremo Sul de Gaza, onde estão entrincheirados os últimos batalhões do Hamas, segundo Benjamin Netanyahu.

No Sul de Gaza, os tanques mantiveram suas posições nos bairros orientais e nos arredores de Rafah, mantendo a pressão com bombardeios aéreos e terrestres. No oitavo mês de guerra entre Israel e o movimento islamita palestino Hamas, o Norte e o Centro da Faixa de Gaza foram alvo, durante a noite, de bombardeios e ataques de artilharia israelense, informou a agência de notícias AFP.

Médicos revelaram à Reuters que um projétil de um tanque israelense atingiu uma praça no interior de Rafah, matando um palestino e ferindo vários outros, enquanto residentes disseram que grupos de casas nos arredores da cidade, para onde Israel orientou os civis para evacuarem, tinham sido destruídos pelo exército.

Os residentes afirmaram que um bombardeio pesado de tanques atingiu três casas no subúrbio do bairro Brasil, a Leste de Rafah, enquanto os médicos informaram que um ataque aéreo nos arredores da cidade de Khan Younis, mais ao norte, matou e feriu várias pessoas.

Israel frisa que os ataques tinham como alvo os militantes do Hamas. “Estamos operando em locais específicos de acordo com as nossas informações e onde sabemos que os terroristas do Hamas estão escondidos, e onde pensamos que podemos encontrar túneis ou infraestruturas terroristas ou munições de vários tipos”, informou o porta-voz Shoshani.

“Encontramos muitos mísseis antitanque, e estamos tentando evitar os próximos disparos contra civis israelenses a partir dessa região”, acrescentou.

Ajuda humanitária

O exército israelense se mantém posicionado em Rafah, no lado palestino do ponto de passagem com o Egito, que é crucial para a entrada de ajuda humanitária, incluindo combustível, essencial para o funcionamento das infraestruturas.

O Egito e Israel se acusam mutuamente desta interrupção, enquanto a ajuda humanitária não passa pelo principal ponto de passagem com Israel, Kerem Shalom.

Na quarta-feira (15), os combates tiveram lugar em “zonas específicas” no leste de Rafah, onde o exército declarou ter efetuado uma operação contra um centro de treinamento do Hamas, considerado uma organização terrorista por Israel, pelos Estados Unidos e pela União Europeia.

Mercado de Jabaliya

Nesta quinta-feira, os tanques israelenses bombardearam fortemente o principal mercado no coração do campo de refugiados Jabaliya, e várias lojas foram incendiadas, revelaram os residentes e os meios de comunicação social do Hamas.

Anteriormente, o braço armado do Hamas afirmou que seus combatentes em Jabaliya tinham destruído um veículo de transporte de tropas israelenses com um foguete antitanque Al-Yassin 105 de fabricação local, deixando membros da tripulação mortos e feridos.

“Eles estão nos bombardeando como loucos, destruindo as casas e o mercado principal do campo”, disse um dos residentes de Jabaliya à Reuters.

Segundo o exército de Israel, cinco soldados foram mortos e sete ficaram feridos por dois projéteis disparados por um blindado contra um edifício onde se estavam reunidos ontem à noite, no campo de refugiados, palco de confrontos violentos com unidades do Hamas.

O exército israelense atualizou a lista de soldados mortos em Gaza e acrescentou os nomes de cinco pessoas, todas com idades entre 20 e 22 anos.

Os residentes disseram que os tanques também recuaram para a entrada da cidade vizinha de Beit Hanoun, no Norte, enquanto escavadeiras israelenses demoliam fábricas e propriedades na área.

As equipes médicas palestinas afirmaram ter conhecimento de relatos de mortes em Jabaliya, mas não conseguiram chegar até elas devido à intensidade dos bombardeios israelenses e à incursão ativa do exército.

Entre os mortos está o jornalista palestino, Mahmoud Jahjouh, e sua família, informaram médicos e colegas jornalistas.

Israel diz ter eliminado muitos homens armados em Jabaliya, mas não comentou a evolução da situação, na manhã de hoje.

Na cidade de Gaza, ao Sul do enclave, as equipes médicas e os serviços de emergência civil afirmaram que continuavam procurando vítimas nos subúrbios de Zeitoun e Sabra, depois de dezenas de corpos terem sido recuperados na sequência de um ataque do exército que durou seis dias.

Hezbolah no Líbano

O Hezbolah libanês disparou, nesta quinta-feira, dezenas de foguetes Katyusha contra posições militares israelenses em retaliação aos ataques aéreos noturnos que atingiram posições da organização fundamentalista islâmica xiita no Leste do Líbano.

Esta nova onda de violência entre a formação pró-irã e o exército de Israel surge após a morte, na noite de terça-feira, de um comandante local do Hezbollah em um ataque israelense ao sul do Líbano.

Os combatentes do Hezbollah “lançaram um ataque com mais de 60 foguetes Katyusha” contra várias posições militares israelenses nas Colinas de Golã, ocupadas e anexadas por Israel, afirmou o Hezbollah em comunicado.

Trata-se de uma “resposta aos ataques do inimigo israelense na noite passada, na região de Bekaa”, acrescentou.

Cinco ataques israelenses tiveram como alvo a região de Baalbeck, um reduto do Hezbollah no Leste do Líbano, perto da fronteira com a Síria, segundo a agência de notícias libanesa ANI, que adiantou que há um ferido e “vários danos”.

Segundo uma fonte próxima ao Hezbollah, um dos ataques teve como alvo “um acampamento militar” da formação, que tem um grande número de bases nesta região.

Um porta-voz do exército israelense “confirmou que um ataque aéreo foi realizado nas profundezas do Líbano” contra um alvo ligado a um projeto de fabricação de “foguetes de precisão” do Hezbollah.

Os ataques aconteceram depois de o Hezbollah ter dito, na noite de ontem, que tinha como alvo uma base militar perto de Tiberíades, no norte de Israel, a cerca de 30 quilômetros da fronteira com o Líbano.

Fonte: EBC Internacional

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Premiê da Eslováquia corre risco de morte após atentado a tiro

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O primeiro-ministro eslovaco, Robert Fico, sofreu ferimentos e corre risco de morte, após ser baleado e ferido em uma tentativa de assassinato nesta quarta-feira (15), informou o gabinete do governo.

Fico, de 59 anos, foi levado às pressas para o hospital na cidade central de Handlova, depois de realizar uma reunião do governo lá, e estava sendo transportado de helicóptero para a cidade de Banska Bystrica para tratamento urgente, segundo o governo.

Uma testemunha da Reuters ouviu vários tiros após a reunião em Handlova, a nordeste da capital Bratislava. A polícia deteve um homem e os agentes de segurança empurraram alguém para dentro de um carro e foram embora, disse a testemunha.

“Uma tentativa de assassinato contra o primeiro-ministro Robert Fico foi realizada hoje na reunião externa do governo em Handlova”, disse o gabinete do governo em um comunicado.

“No momento, ele está sendo transportado de helicóptero para Banska Bystrica, porque levaria muito tempo para Bratislava, tendo em vista a necessidade de uma intervenção aguda.”

Os serviços de emergência disseram que receberam informações sobre um homem que estava baleado em Handlova pouco depois das 14h30 (9h30 de Brasília) e enviaram um helicóptero de emergência para um paciente de 59 anos.

A emissora TA3 informou que quatro tiros foram disparados e que o primeiro-ministro de esquerda havia sido atingido no abdômen.

Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, condenou o ataque, que também chocou a União Europeia e os aliados dos países membros da Otan na Europa Central.

“Tais atos de violência não têm lugar em nossa sociedade e minam a democracia, nosso bem comum mais precioso. Meus pensamentos estão com o primeiro-ministro Fico e sua família”, disse von der Leyen.

Reeleição

O governo eslovaco estava reunido em Handlova, 190 km a nordeste de Bratislava, como parte de uma turnê pelas regiões do país após chegar ao poder no final do ano passado.

Fico se tornou primeiro-ministro pela quarta vez no ano passado, depois de mudar as engrenagens políticas para atrair um eleitorado em transformação.

Em uma carreira de três décadas, Fico tem transitado entre a corrente pró-europeia e posições nacionalistas contrárias às políticas da União Europeia e dos Estados Unidos. Ele também demonstrou disposição para mudar de rumo, dependendo da opinião pública ou de mudanças na realidade política.

Após o ataque a tiros, o maior partido de oposição da Eslováquia cancelou um protesto planejado contra reformas da emissora pública do governo, marcado para a noite de quarta-feira.

A presidente da Eslováquia, Zuzana Caputova, escreveu no X: “totalmente chocada com o ataque brutal de hoje contra o primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico, que eu condeno nos termos mais fortes possíveis”.

“Desejo a ele muita força neste momento crítico e uma recuperação rápida.”

O chanceler alemão Olaf Scholz também expressou choque, acrescentando no X: “A notícia da covarde tentativa de assassinato do primeiro-ministro eslovaco Fico me choca profundamente. A violência não deve ter lugar na política europeia”.

*Reportagem adicional de Radovan Stoklasa, Jason Hovet e Jan Lopatka

Fonte: EBC Internacional

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