A Polícia Civil deflagrou, na manhã desta sexta-feira (12.9), a Operação Rede de Mentiras, para cumprir ordens judiciais e desarticular um sofisticado esquema de pirâmide financeira, que movimentou milhões de reais por meio de empresas que atraíam investidores com promessas de lucros mensais.

A operação foi deflagrada com base em investigações da Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon), que cumpre um mandado de prisão preventiva, quatro mandados de busca e apreensão domiciliar e diversas ordens judiciais de sequestro de bens e valores que somam mais de R$ 1,3 milhão, suspensão de registro de pessoas jurídicas e proibição de exercício de atividade econômica.

A investigação também revelou indícios de lavagem de dinheiro, estelionato, associação criminosa e crimes contra as relações de consumo e a economia popular. O Ministério Público e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) também atuaram no caso, reforçando a gravidade da conduta.

Até o momento, 27 vítimas procuraram a Delegacia do Consumidor, mas o número de pessoas lesadas em todo o país pode ser muito maior.

A Polícia Civil cumpriu, nesta quinta-feira (11.9), mandado de prisão preventiva contra um suspeito de envolvimento em diversos crimes de roubo praticados em farmácias de Cuiabá.

As investigações da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) permitiram identificar que um homem, de 29 anos, é responsável pelos crimes. As apurações reuniram elementos suficientes para demonstrar sua participação nos delitos. Com base nas informações levantadas, a Derf representou pela prisão, que foi deferida pelo Núcleo de Garantias da Comarca de Cuiabá.

Os crimes ocorreram no mês de agosto deste ano, em drogarias localizadas nos bairros Jardim Itália e Boa Esperança, na Capital.

O suspeito agiu da mesma forma nos dois crimes, sempre utilizando grave ameaça para subtrair valores em espécie dos caixas dos estabelecimentos.

“Essa ação reforça o compromisso da Polícia Civil de combater a criminalidade patrimonial e garantir segurança à população, desarticulando práticas criminosas que afetam diretamente comerciantes e cidadãos cuiabanos”, disse o delegado Romildo Nogueira.

As investigações tiveram início a partir da informação de que o suspeito utilizava a internet para acessar vídeos de abusos sexuais praticados contra crianças e adolescentes, por meio de uma conta criada com nome falso, possivelmente para ludibriar as autoridades. Após afastamento de sigilo de dados, com autorização judicial, foram obtidos elementos que permitiram confirmar a verdadeira identidade do investigado.

Durante as buscas, foi apreendido o celular do suspeito e obtidos elementos que contribuirão para o prosseguimento das investigações. O combate à pornografia infantojuvenil na internet decorre do fato de que a circulação desse material alimenta a prática de novos abusos, uma vez que tais conteúdos são trocados e até comercializados no ambiente virtual.

Embora o termo “pornografia” ainda seja utilizado em nossa legislação (art. 241-E da Lei nº 8.069, de 1990 – Estatuto da Criança e do Adolescente) para definir “qualquer situação que envolva criança ou adolescente em atividades sexuais explícitas, reais ou simuladas, ou exibição dos órgãos genitais de uma criança ou adolescente para fins primordialmente sexuais”, a comunidade internacional entende que o melhor nessas situações é referir-se a crimes de “abuso sexual de crianças e adolescentes” ou mesmo “violência sexual de crianças e adolescentes”, pois a nomenclatura ajuda a dar dimensão da violência infligida nas vítimas desses crimes tão devastadores.

A Polícia Federal alerta aos pais e responsáveis sobre a importância de monitorar e orientar seus filhos no mundo virtual e físico, protegendo-os dos riscos de abusos sexuais. Conversar abertamente sobre os perigos do mundo virtual, explicar como utilizar redes sociais, jogos e aplicativos de forma segura e acompanhar de perto as atividades online dos jovens são medidas essenciais de proteção. Estar atento a mudanças de comportamento, como isolamento repentino ou segredo em relação ao uso do celular e do computador, pode ajudar a identificar situações de risco.

É igualmente importante ensinar às crianças e adolescentes como agir diante de contatos inadequados em ambientes virtuais, reforçando que podem e devem procurar ajuda. A prevenção é a maneira mais eficaz de garantir a segurança e o bem-estar de crianças e adolescentes, e a informação continua sendo um instrumento capaz de salvar vidas.