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TCE-MT abre diálogo inédito em prol da agricultura familiar mato-grossense

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O presidente do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT), conselheiro Sérgio Ricardo, defendeu a adequação das regras sanitárias à realidade do pequeno produtor e a revisão de normas que dificultam o avanço da agricultura familiar, durante reunião de mesa técnica que busca soluções conjuntas para o setor. Realizado nesta segunda-feira (13), o encontro também definiu estratégias para ampliar o acesso à informação e fortalecer as boas práticas no campo.

“O futuro de Mato Grosso está na pequena propriedade. Os grandes produzem soja, que não é comida, é exportação. Mas é o pequeno produtor que coloca o alimento na mesa das pessoas. Por isso, precisamos criar normas adequadas à realidade deles. Às vezes tem uma norma para a grande propriedade que acaba sendo aplicada também para a pequena e isso não é justo. O que queremos é dar alternativas para milhares de produtores que colocam comida na nossa mesa”, explicou o conselheiro.

Proposta por Sérgio Ricardo, a Mesa Técnica nº 1/2025 foi instaurada em março e busca solucionar entraves que ainda dificultam a adesão de pequenos produtores ao Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SISBI-POA). As discussões continuam até a conclusão da mesa, que deve consolidar ainda outras propostas. “O que falta muitas vezes é diálogo. Aqui, quem reclama e quem é reclamado têm a oportunidade de ouvir, trocar informações e construir soluções”, acrescentou o presidente.

Na ocasião, o titular da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), César Miranda, indicou a possibilidade de revisão de regras estaduais, desde que a sanidade não seja comprometida. “Está de parabéns o Tribunal de Contas de Mato Grosso, na pessoa do seu presidente, conselheiro Sérgio Ricardo, por buscar reunir à mesa todos os envolvidos em cada tema para encontrar soluções. O Tribunal busca os interessados para construir soluções, principalmente em benefício do cidadão mato-grossense. Afinal, todos nós. Executivo, Legislativo, Judiciário e o próprio Tribunal de Contas, trabalhamos para a população. E é nosso dever encontrar caminhos que gerem oportunidades, principalmente para o pequeno produtor.”

Já a presidente do Instituto de Defesa Agropecuária (Indea), Emanuele Almeida, defendeu o conceito de “vigilância integrativa”, no lugar de uma fiscalização punitiva. “A palavra ‘flexibilização’ é pesada, porque estamos falando de saúde pública. O resultado final do nosso trabalho é cuidar de pessoas. O que podemos fazer é promover adequações sanitárias a demanda do pequeno produtor, como já fazemos, por exemplo, com o Cadastro de Agroindústria de Pequeno Porte (CAPP).”

Neste sentido, o deputado Gilberto Cattani ressaltou que as normas do CAPP precisam ser aprimoradas. “Qualquer tipo de produção que você tenha e não consiga comercializar é natimorta, não tem como subsistir. Nós não somos contra o CAPP, pelo contrário, fomos nós que criamos essa norma na Assembleia. Agora, o Tribunal de Contas entrou na luta também para nos ajudar, justamente no sentido de favorecer ainda mais o pequeno produtor.”

Crédito: Tony Ribeiro/TCE-MT
Ilustração
Mesa técnica busca soluções conjuntas para agricultura familiar. Clique aqui para ampliar

O diretor-presidente da Empresa de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), Suelme Fernandes, anunciou a elaboração de um manual padronizado para agroindústrias, o que deve agilizar licenciamentos e reduzir subjetividade na fiscalização. “Outra sugestão que houve aqui, sobre ampliarmos o nosso trabalho técnico, já vamos fazer um processo seletivo para trazer mais técnicos para a Empaer e poder dar mais resolutividade ao acompanhamento das atividades produtivas dos 142 municípios.”

À frente da Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (SEAF), Andreia Fujioka, reforçou o compromisso da Pasta com a comercialização via programas como Fundo de Apoio à Agricultura Familiar (Fundaf) e o MT Produtivo. “SEAF vem implementando diversos programas, mas para completar o ciclo, é preciso garantir a comercialização. Por isso, estamos participando dessa mesa e ouvindo as demandas dos produtores.”

Ao destacar a necessidade de mudança nas leis, o produtor de Nova Mutum, Osmar Cabral, elogiou a oportunidade garantida pelo Tribunal de diálogo direto com as autoridades. “A maior dificuldade nossa é a falta de informação. A gente trabalha na lavoura, chega uma multa e nem sabe o porquê. Fica perdido, sem saber que rumo tomar. O que queremos é simples: mudar as leis que acabam prejudicando o pequeno produtor. Não estamos lutando só por nós, mas pelos nossos filhos, para deixar um legado melhor para eles.”

Para o produtor rural Leônidas Pimentel, a reunião contribuiu para o avanço das demandas dos pequenos agricultores, que, em sua opinião, ainda enfrentam limites excessivos para crescer. “No meu caso, a questão não é tanto a comercialização, mas a limitação imposta ao pequeno produtor. A gente precisa que liberem mais, que deem condições para crescer”,

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Jovem é baleada pela mãe durante conflito familiar; caso está sob investigação

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Uma mulher de 45 anos foi presa na madrugada deste domingo (16) depois de atirar contra a própria filha, de 21 anos, durante uma discussão na zona rural de Cocalinho, a 923 km de Cuiabá. A suspeita alegou legítima defesa e afirmou à polícia que reagiu após ser agredida fisicamente pela jovem.

A Polícia Militar foi acionada por volta de 00h30 para atender a ocorrência em uma chácara localizada aproximadamente 130 km do centro de Cocalinho. No trajeto, a equipe encontrou a suspeita e uma testemunha, que iam ao encontro da ambulância que havia sido chamada.

Segundo relato dessa testemunha, todos estavam ingerindo bebida alcoólica quando mãe e filha começaram a discutir. Em meio ao conflito, a jovem teria partido para cima da mãe, desferindo agressões. A suspeita então entrou na residência, pegou uma arma de calibre 22 e efetuou um disparo que atingiu o peito da filha.

A arma foi encontrada dentro do veículo da testemunha e apreendida pela polícia. A mulher, que permaneceu no local, recebeu voz de prisão. Já a vítima foi socorrida e levada para atendimento médico, onde segue internada. O caso será investigado pela Polícia Civil.

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Advogado é morto a facadas dentro do próprio escritório

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O advogado Marcelo Andrade Mendonça foi morto a facadas dentro do próprio escritório na tarde de sexta-feira (14), em Viçosa, Minas Gerais. Segundo informações repassadas ao G1, o suspeito do ataque, um cliente de 53 anos, foi preso em flagrante por policiais militares que atenderam a ocorrência.

De acordo com a Polícia Militar, a porta do escritório estava danificada e o homem apontado como autor do crime havia sido imobilizado por testemunhas até a chegada da equipe. Marcelo chegou a receber atendimento de emergência, mas não resistiu aos ferimentos.

O caso
Conforme consta no boletim de ocorrência, o advogado havia marcado uma reunião para entregar um documento ao cliente. O homem chegou acompanhado da esposa e, durante a conversa, começou a se exaltar. Todos seguiram até a recepção para que Marcelo exibisse um arquivo no computador de uma funcionária.

Ao visualizar o documento, o cliente teria acusado o advogado de agir de forma desleal. A funcionária se afastou por alguns instantes e, ao retornar, encontrou Marcelo gravemente ferido. Um estagiário correu ao ouvir os pedidos de socorro, conseguiu conter o agressor e o desarmou, enquanto ele ainda segurava a faca utilizada no ataque.

A perícia foi acionada e a Polícia Civil assumiu as investigações.

Nota da OAB
A OAB de Viçosa divulgou nota lamentando o crime e afirmando que acompanhará o caso para garantir rigor na apuração. A entidade classificou o episódio como uma perda profunda para a advocacia local e destacou seu compromisso com a segurança dos profissionais.

Na mensagem, a OAB afirmou que a morte de Marcelo representa uma perda imensa e reafirmou que tomará todas as medidas necessárias para que o crime seja investigado com seriedade. A entidade também manifestou solidariedade aos familiares, amigos e colegas de profissão.

Trajetória profissional
Marcelo Andrade Mendonça era sócio do escritório José Carlos Marques Sociedade de Advogados. Formado em Direito pela Universidade Federal de Viçosa, possuía pós-graduação em Direito Público pela Universidade Gama Filho e mestrado em Administração Pública pela UFV.

Tinha ampla experiência no setor público. Atuou como assessor jurídico em Ponte Nova entre 2007 e 2014, além de integrar o Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Viçosa entre 2014 e 2016. Desde 2018, trabalhava como procurador municipal, com foco em Direito Urbanístico, Obras e Meio Ambiente.

Paralelamente à atuação jurídica, desenvolveu carreira acadêmica. Desde 2012, era professor do curso de Direito da Faculdade Dinâmica do Vale do Piranga (FADIP), onde lecionava até o momento da morte.

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Operação Força Total termina com morte de homem com várias passagens

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Durante a Operação Força Total – Resposta Imediata, um homem ainda não identificado morreu após confronto com policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais na noite de sexta-feira (14), no bairro Jardim Paraíso, em Cáceres, a 218 quilômetros de Cuiabá.

De acordo com o boletim de ocorrência, a equipe realizava patrulhamento na Rua São Benedito quando avistou o suspeito em uma motocicleta. Os militares deram ordem de parada com sinais sonoros e luminosos, mas o motociclista fugiu.

Após a perseguição, ele foi alcançado e parou o veículo. Segundo os policiais, o homem sacou uma pistola da cintura e apontou para a equipe, que reagiu para evitar o ataque. Ele foi atingido, recebeu socorro ainda com sinais vitais e foi levado ao Hospital Regional de Cáceres, mas não resistiu aos ferimentos.

O suspeito possuía diversas passagens criminais, incluindo tráfico de drogas, porte ilegal de arma de fogo, ameaça e cumprimento de mandado de prisão.

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