fbpx
Pesquisar
Close this search box.

Polícia

PF investiga fraudes ao Farmácia Popular

Publicados

em

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (13/2) a Operação Arthron, para a desarticulação e descapitalização de grupo criminoso atuante na prática de tráfico de drogas transnacional e responsável por causar prejuízos milionários em desfavor do Programa Farmácia Popular do Governo Federal.

Mais de 100 policiais dão cumprimento a 106 ordens judiciais expedidas pela Justiça Federal em Goiás: 6 mandados de prisão, 26 mandados de busca e apreensão, 28 medidas restritivas de direitos, além de medidas de constrição patrimonial que abarcam o sequestro de bens móveis e imóveis. Ainda foi determinado bloqueio de mais de R$ 39 milhões dos investigados. As ocorrem no Distrito Federal e nos estados de Goiás, Paraíba, Mato Grosso, Acre e Minas Gerais.

A investigação teve início em 2022, após a prisão em flagrante de dois indivíduos que estavam transportando grande quantidade de cocaína com destino a Luziânia/GO. Apurou-se que a droga seria destinada a um traficante da região que, inclusive, chegou a ser candidato ao cago de Vereador nas eleições municipais do ano de 2024.

A investigação ainda apontou que os envolvidos eram responsáveis pela internalização de grandes volumes de substâncias entorpecentes, provenientes, sobretudo, da Bolívia, Colômbia e do Peru. As drogas eram revendidas, principalmente, a traficantes do entorno do Distrito Federal que, nos termos dos elementos indiciários coletados, possuem vínculos com facções criminosas de repercussão nacional.

O rastreamento das movimentações financeiras operadas pelas pessoas já identificadas permitiu a identificação de sistemática rede destinada a ocultar e ou dissimular a proveniência ilícita dos valores obtidos a partir das condutas ilícitas perpetradas. Identificou-se a constituição de diversas empresas do ramo farmacêutico que, posteriormente, eram utilizadas para fins de obtenção de vantagens indevidas junto ao Programa Farmácia Popular do Governo Federal.

Os valores obtidos a partir das atividades fraudulentas, posteriormente, foi utilizado por parte dos investigados para fins de financiamento ao tráfico de drogas. Foram identificadas ao menos 28 pessoas jurídicas diretamente utilizadas pelo grupo para fins da prática dos referenciados atos de estelionato em desfavor da União.

Como funcionava as fraudes em desfavor do Programa Farmácia Popular do Governo Federal?

O Programa Farmácia Popular do Brasil – PFPB é um programa do Governo Federal que visa complementar a disponibilização de medicamentos utilizados na Atenção Primária à Saúde, por meio de parceria com farmácias da rede privada. As fraudes ocorriam assim:

i) Os investigados adquiriam empresas que estavam licitamente cadastradas no PFPB, mas que haviam encerrado suas atividades;

ii) Faziam as alterações societárias pertinentes e, na maioria dos casos, vinculava as Pessoas Jurídicas a pessoas interpostas;

iii) As alterações societárias e os ajustes junto ao PFPB eram intermediados por Investigada que, aparentemente, atuava como espécie de “despachante” junto aos órgãos públicos atuantes no programa;

iv) Realizadas as alterações, ocorria aumento do número de lançamentos de medicamentos comercializados por meio do Farmácia Popular, seja na modalidade gratuidade ou subsidiada;

v) Liberação dos pagamentos em favor dos envolvidos que se valiam de diferentes tipologias voltadas a dificultar a identificação dos reais beneficiários.

Para a operacionalização das fraudes, eram realizadas vendas simuladas de medicamentos que, na prática, nunca chegaram a ser fornecidos ao beneficiário declarado. Os investigados lançaram dados de consumidores que, sequer, possuem conhecimento quanto a utilização indevida de suas informações de qualificação.

Ressalta-se que, em sua maioria, as empresas utilizadas pelo grupo não possuíam existência fática e ficavam localizadas em estados totalmente diverso do domicílio dos sócios declarados. Notou-se que, durante o funcionamento lícito dos estabelecimentos, os repasses mensais do PFPB não ultrapassavam R$ 5 mil e que, após o início das fraudes, cada farmácia passava a receber valores que giravam em torno de R$ 60 a R$ 90 mil por mês.

Diante desse esquema criminoso, além dos ganhos provenientes das atividades ilícitas relacionadas ao tráfico de drogas, as medidas de constrição patrimonial também englobam uma estimativa de prejuízos gerados em desfavor da sociedade o que implicou na majoração dos valores de bloqueio para fins de imposição de Dano Moral Coletivo.

Comentários Facebook
Clique para comentar

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Polícia

Vítima denuncia esquema de tráfico sexual e leva PF a operação no Brasil

Publicados

em

A Polícia Federal realizou, nesta sexta-feira (14), a Operação Insídia para combater o tráfico de pessoas com fins de exploração sexual na Europa. A ação ocorreu em Rio Branco, no Acre, onde foram cumpridos um mandado de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva, expedidos pela 2ª Vara Federal da Seção Judiciária do estado.

A investigação teve início na Superintendência Regional da PF em Mato Grosso, após uma vítima denunciar que havia sido levada para a Europa sob falsas promessas de melhores condições de vida, mas acabou sendo submetida à exploração sexual.

Durante a operação, celulares e outros materiais de interesse foram apreendidos. A Polícia Federal seguirá com as investigações para aprofundar o caso e identificar possíveis envolvidos no esquema criminoso.

Comentários Facebook
Continue lendo

Polícia

Ação conjunta da PF desmonta estrutura de garimpo ilegal em Mato Grosso

Publicados

em

 

A Polícia Federal, em ação conjunta com o Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) e o Centro Integrado de Operações Aéreas (CIOPAER), realizou entre os dias 12 e 13 de março uma operação de repressão a crimes ambientais e contra a ordem econômica na Terra Indígena Sararé, em Mato Grosso.

Denominada Operação Rondon, a ação teve como principal objetivo combater a extração ilegal de ouro e remover garimpeiros das áreas ocupadas ilegalmente. Além disso, foram inutilizados instrumentos e maquinários utilizados na atividade de garimpagem, impedindo a continuidade da degradação ambiental na região.

Durante as incursões, as equipes destruíram escavadeiras hidráulicas, motores estacionários e diversos equipamentos empregados na extração ilegal de ouro. Além disso, foram apreendidos munições de diversos calibres, celulares, anotações e outros materiais que podem ajudar nas investigações sobre a atividade criminosa.

A operação busca conter o agravamento da situação na TI Sararé, onde, além do crime de usurpação de bens da União e degradação ambiental, há registros de porte ilegal de armas, homicídios motivados por disputas territoriais e outros ilícitos ligados ao garimpo ilegal.

As forças de segurança seguem monitorando a região para evitar a retomada das atividades criminosas e garantir a proteção do território indígena.

Comentários Facebook
Continue lendo

Polícia

“Uma das cenas mais cruéis”, diz perito sobre assassinato de Emilly Sena

Publicados

em

 

O perito criminal Luis Paoli, da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec-MT), esteve na casa onde o corpo de Emilly Azevedo Sena, de 16 anos, foi encontrado na manhã desta quinta-feira (13), no bairro Jardim Florianópolis, em Cuiabá. A adolescente, que estava grávida de nove meses, foi encontrada enterrada em uma cova rasa, com o abdômen aberto e as mãos amarradas nas costas.

Segundo Paoli, a brutalidade do crime chocou até mesmo profissionais experientes. “Para eu me conter diante da cena de uma menina de 16 anos com o abdômen aberto, mãos presas nas costas e asfixiada, foi difícil. Tenho uma filha com idade próxima e senti o peso do que fazemos. De todas as situações que já cobri, essa foi uma das mais cruéis e difíceis de processar”, afirmou o perito, que atua há 12 anos na profissão.

Assassinato brutal e investigação em andamento

A perícia inicial apontou que Emilly foi morta por asfixia antes de ter o abdômen aberto para a retirada do bebê. O corpo apresentava sinais de violência, incluindo possível fratura nos pulsos. A adolescente havia saído de casa, em Várzea Grande, para buscar doações de roupas para sua filha, mas não retornou e foi considerada desaparecida.

Até o momento, quatro pessoas foram levadas para a Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) para prestar depoimento. Entre elas, o chefe de cozinha Christian Cebalho, que chegou a postar um vídeo da recém-nascida nas redes sociais, mas foi liberado. Já Nataly Helen Martins Pereira, que confessou ter assassinado Emilly e alegou ter agido sozinha, segue presa.

A bebê resgatada permanece sob acompanhamento médico no hospital, enquanto as investigações continuam para esclarecer os detalhes do crime e possíveis outros envolvidos.

Comentários Facebook
Continue lendo

Política

Polícia

GERAL

Mais Lidas da Semana