Mato Grosso vai receber na tarde desta terça-feira (26), 10 pacientes de Rondônia para tratamento contra o covid-19. A taxa de ocupação das UTIs é de 67,67% e das enfermarias de 34%. Portanto, o Sistema Único de Saúde detectou que há vagas e optou pela transferência dos pacientes. A informação foi confirmada pelo secretário estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo.
Em Rondônia o sistema de saúde está prestes a entrar em colapso, como aconteceu no Amazonas. Por conta do caos, pacientes já foram transferidos para Curitiba (PR) e Brasília (DF). Todos os que viram para Mato Grosso vão necessitar de UTIs.
“Não existe leitos exclusivos de Mato Grosso, São Paulo ou dos municípios. Existem leitos do SUS. Nesse momento temos que ser solidários com estado que está colapsado, precisando de leitos e nós temos a disposição”, observou Gilberto Figueiredo em coletiva realizada no Centro de Triagem para pacientes com Covid, localizado na Arena Pantanal.
O secretário garantiu que a chegada de pacientes de outros estados não aumenta o risco do surgimento de novas cepas do coronavírus em Mato Grosso, já que qualquer pessoa em viagem pode contrair a nova variante do vírus durante viagens para outros locais.
“Não são só pacientes que trazem a nova cepa, mas qualquer cidadão que se desloca no país e vir para o Estado. Não existe barreira sanitária estabelecida no país, nem proibição de deslocamento nos país. Então não precisa ser paciente. Basta ser uma pessoa que está infectada, sem saber, e circular pelo país. A probabilidade desses pacientes infectarem outras pessoas, é a mesma que existe com qualquer cidadão”, ponderou Figueiredo, confirmando que as unidades de saúde estão preparadas para evitar que profissionais sejam contaminados no atendimento aos pacientes.
NOVA CEPA
De acordo com a BBC News Brasil, a nova variante do Coronavírus foi detectada em Manaus há cerca de duas semanas. Para isso, os cientistas analisaram o material genético de 31 amostras de pacientes com covid-19 na cidade de Manaus, coletado entre os dias 15 e 23 de dezembro. Desses, 13 indivíduos (ou 42% do total) apresentavam justamente a nova linhagem que recebeu o nome de P.1. Alguns dias antes, o Japão havia anunciado a detecção de uma nova cepa de coronavírus em pessoas que viajaram do Brasil para lá.
Durante uma pandemia é esperado que o vírus sofra mutações conforme é transmitido de pessoa para pessoa. O monitoramento dessas alterações no código genético ajuda a acompanhar os casos preocupantes e eventualmente tomar medidas que bloqueiem a cadeia de transmissão.