fbpx
Pesquisar
Close this search box.

Internacional

O que namoro de Bolsonaro com PR revela sobre estratégia rumo ao Planalto

Publicados

em

Bolsonaro e Magno Malta podem compor a chapa presidencial PSL e PR

“É um namoro sério, quase um noivado”. A definição sobre a relação do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) com o PR do senador Magno Malta é feita pelo deputado federal Capitão Augusto (PR-SP). Desde dezembro do ano passado, ele tem se dedicado a uma aproximação entre a legenda e o candidato.

O possível casamento entre Bolsonaro e o PR – Partido da República – não é apenas mais uma das esperadas coligações que ocorrerão entre os mais de 30 partidos brasileiros até as eleições de outubro.

Para o pré-candidato do PSL, a união significaria um salto de uma campanha nanica, com 9 segundos de TV e nenhum palanque estadual, para a oportunidade de falar ao eleitor por mais 45 segundos e aproveitar a estrutura de um partido médio, com 41 deputados.

O arranjo ainda desloca a candidatura Bolsonaro para um projeto mais palatável para o Centrão, conjunto de partidos composto por PP, PSD, PR e DEM, que hoje não acredita na viabilidade de Geraldo Alckmin (PSDB) para vencer a disputa nem está plenamente convencido em abraçar a candidatura Ciro Gomes (PDT).

Para o PR, Bolsonaro poderia catapultar os votos da legenda a ponto de garantir ao menos 50 deputados federais, uma bancada 20% maior do que a atual. Além de devolver-lhes a posição na vice-presidência, ocupada por José Alencar nos anos Lula (2003-2010), e repovoar, com suas indicações, a esplanada dos Ministérios.

No plano original, parte dos dirigentes do PR pretendia filiar Bolsonaro e dar a ele legenda para disputar a presidência. “Não teve jeito porque o PR tem um partido grande, com coligações regionais com partidos de esquerda, coisa que o Bolsonaro não admite”, reconhece Capitão Augusto. Em 2014, o PR apoiou candidatos petistas a governo em cinco Estados.

“Mas a vice (-presidência) seria um caminho ideal pra nós”, explica Capitão Augusto.

O noivo: Magno Malta

Nas últimas semanas, o senador Magno Malta (PR-ES) se dedicou a uma agenda incomum para alguém que pretende disputar a reeleição ao Senado pelo Espírito Santo. Fez um périplo por Estados como Tocantins e Maranhão. Nas viagens, abraçou candidatos a governo locais, visitou programas filantrópicos, alimentou com vídeos seus perfis em redes sociais. Os compromissos – cada vez mais nacionais – condizem com o possível papel de Malta nas próximas eleições: o de candidato do PR a vice de Bolsonaro.

Há quase 16 anos no Senado – onde, de acordo com seus próprios assessores – passou boa parte do tempo sendo tratado como “baixo clero”, Malta nunca foi tão relevante na política. “Era discriminado mesmo, ninguém botava pra comissão porque ele tem baixa formação, vem de berço negro e pobre”, diz um de seus auxiliares.

Magno Malta em trajes de luta em vídeo sobre políticaAdepto ao jiu-jitsu, era visto pelos pares como uma presença folclórica nas fileiras do Senado, alguns em tom de brincadeira o chamam de Paulo Cintura do Congresso

Adepto ao jiu-jitsu, era visto pelos pares como uma presença folclórica nas fileiras do Senado; alguns o chamavam de Paulo Cintura do Congresso – em referência ao personagem atlético da escolinha do Professor Raimundo. Em seu gabinete no Senado Federal, ele ostenta luvas de luta e camisas de futebol, orgulha-se de ter assessores que são também esportistas e não se furta de publicar vídeos que misturam esporte e política. Em um dos mais famosos, de camiseta regata, músculos à vista e um saco de areia ao fundo, ele brada: “Querem que o Lula vire presidente, envolto em um manto de impunidade, ele e seus asseclas que virarão ministros”.

Malta, no entanto, cresceu politicamente nos últimos três anos graças a dois fatores: tornou-se uma das principais vozes evangélicas no Congresso e apostou pesadamente em comunicação via redes sociais. No Facebook, em que não costuma passar mais do que sete horas sem fazer uma postagem, ele possui mais de 1,5 milhão de seguidores – um crescimento de 161% em relação a julho de 2015, há 3 anos, quando Malta contava 575 mil seguidores.

Entre seus projetos de lei mais populares estão os principais pleitos da bancada evangélica hoje: a proposta que cria o programa Escola Sem Partido, para proibir professores de expressar, em sala, opiniões sobre questões políticas, ideológicas ou de gênero, a proposta que acaba com a maioridade penal e permite que crianças e adolescentes sejam criminalmente processados como adultos e o texto de emenda constitucional que isenta nacionalmente igrejas de pagamento de IPTU.

Considerado gentil e piadista, ele tem bom trânsito até mesmo com parlamentares da oposição. Durante o impeachment de Dilma Rousseff, gostava de dizer à equipe jurídica da ex-presidente que iria contratá-los para trabalhar com ele depois que o governo caísse.

Hoje, não se pode dizer que Malta seja uma liderança importante para definir rumos e estratégias partidárias no Congresso, mas ele conseguiu deixar de ser manobrado pelos caciques.

Um caso ilustra bem a situação: atualmente Malta preside a CPI dos maus tratos a crianças e adolescentes, cujo principal objetivo, de acordo com senadores ouvidos pela reportagem, é servir de palanque para Malta. No ano passado, no entanto, Malta levou à sessão da CPI um presidiário acusado de pedofilia, algemado e sem advogado, e passou a interrogar o homem em frente aos demais senadores. Sob pressão, o acusado acabou por confessar os crimes aos prantos. Senadores consideraram a cena constrangedora e pediram ao presidente da Casa, Eunício Oliveira (PMDB-CE), que encerrasse imediatamente a CPI. Malta, no entanto, conseguiu reverter o mal-estar e mantém até hoje o controle sobre a comissão, o que lhe garante visibilidade para se projetar como vice.

Se seus passos sugerem um caminho para ser candidato a vice, Malta prefere fazer suspense sobre a decisão: “Realmente o PR vê com muitos bons olhos a candidatura de Bolsonaro. Eu sou cabo eleitoral de Bolsonaro, assumido, o Brasil todo sabe disso”, reconhece Malta, em mensagem enviada à BBC News Brasil via assessoria. “Agora, tem muita água pra correr debaixo da ponte. Tem um mês inteiro. Sou uma pessoa que dependo de Deus. Preciso entender onde está minha importância, se seria dentro do Senado, com Bolsonaro presidente da República, o ajudando dentro das mudanças que terão de ser feitas. Eu não vou fazer nada atabalhoadamente, já me sinto muito honrado de ser escolhido por ele e por parte do Brasil que gostaria de ver uma chapa Bolsonaro/Magno Malta”, pondera, sugerindo que a resposta virá apenas em agosto.

Para ser vice de Bolsonaro, Malta não depende apenas de Deus. Ele teria que deixar para trás uma eleição confortável ao Senado, e se arriscar a um pleito incerto. Para assegurar-se, pretendia colocar a mulher, a cantora gospel Lauriete Rodrigues, para disputar a vaga ao Senado em seu lugar. Lauriete tem alguma experiência eleitoral, já foi deputada federal, mas a disputa interna no PR do Espírito Santo se intensificou nas últimas semanas e outros nomes podem querer tomar o lugar dela, caso Malta não seja candidato ao Senado.

Além disso, há quem argumente dentro da campanha de Bolsonaro que Malta não agrega tantos votos ao presidenciável porque seu eleitorado é o mesmo do presidenciável. Além disso, Malta é de um Estado pouco expressivo e, embora seja baiano, fez carreira política no Sudeste, portanto não ajudaria o candidato do PSL a vencer resistências no Nordeste, única região em que Bolsonaro perde para outros candidatos em um cenário sem Lula, segundo a última pesquisa Ibope.

Um de seus assessores arrisca, no entanto, que, se fosse para descartar a candidatura a vice, ele já teria deixado clara sua posição. Há algumas semanas, circulou na imprensa a informação de que ele declinara do convite. A notícia era falsa. O assessor de imprensa de Malta deu uma série de ligações, a mando de Malta, para desmentir o boato.

Ainda assim, o senador prefere se desvencilhar. “Eu penso que há uma precipitação muito grande. Os candidatos estão aí, se colocando. Ninguém pergunta quem é o vice de Ciro, Marina, Alckmin e Boulos. Essa insistência eu não entendo pra se saber com tanta antecedência o vice de Bolsonaro”, diz Malta.

O deputado Jair Bolsonaro na CâmaraConsiderado bom puxador de votos, Bolsonaro poderia ajudar a aumentar bancadas mesmo das legendas que não estejam oficialmente coligadas a ele

Cortejo no varejo

A conversa com o PR torna mais profissional e concreta a formação de uma rede de apoio político a Bolsonaro. Até agora, a equipe do candidato vinha realizando aproximações pontuais com parlamentares considerados de baixo clero, de partidos como PRB, PR, PP, DEM, SD e PTB.

A estratégia era atraí-los para almoços ou jantares, às quartas-feiras, na casa do deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS), coordenador do programa do candidato. Nesses eventos, Lorenzoni e outros apoiadores de Bolsonaro apresentariam as intenções da campanha e prometeriam protagonismo inédito aos parlamentares na composição de um futuro governo do atual deputado federal. Na conta dos apoiadores e mesmo da oposição a Bolsonaro no Congresso, o cortejo no varejo já teria convertido 90 parlamentares em favor do presidenciável.

“Começamos com meia dúzia de gatos pingados, atraídos pelos dotes culinários do Onyx”, brinca o deputado federal Major Olímpio (PSL-SP) sobre o cardápio dos encontros, que costuma incluir uma carne gaúcha, além de arroz e feijão. “E agora estamos tendo que comer de pé, com o prato na mão, de tanta gente que já apareceu”, completa.

O movimento não tem encontrado forte resistência entre as lideranças partidárias porque, para os partidos com integrantes que acabam cooptados pela campanha, o jogo pode ser interessante.

Considerado bom puxador de votos, Bolsonaro poderia ajudar a aumentar bancadas mesmo das legendas que não estejam oficialmente coligadas a ele. A situação já se dá no próprio PR. Nas contas do deputado Capitão Augusto, Bolsonaro conta hoje com o apoio de 27 dos 41 deputados do partido. José Rocha, em um cálculo mais conservador, afirma que são 12. Independentemente dos rumos que a direção do PR determinar na campanha, os líderes da sigla sabem que esses deputados deverão se manter firmes na ideia de fazer campanha por Bolsonaro.

Valdemar Costa Neto foi deputado entre 2007 e 2013.Condenado no mensalão, Valdemar está desfiliado do PR mas ainda comanda o partido

‘Qual é o partido que não tem um problema hoje?’

O PR é hoje o único partido com cuja cúpula Bolsonaro mantém algum trânsito. A aversão do deputado a legendas é conhecida. Tanto que, para se filiar ao PSL, ele exigiu controle total sobre a legenda. O mesmo não acontecerá com o PR, em caso de coligação. “Como temos alguns policiais como deputados, ele se aproximou. Para o Bolsonaro, somos importantes porque ele vai precisar de tempo de TV para se defender das porradas que vai levar”, afirma o líder da bancada do PR na Câmara, deputado José Rocha.

De acordo com Rocha, o casamento com Bolsonaro só não sairá se o PR puder escolher por um negócio que considera ainda melhor: o de ter Josué Gomes, filho de José Alencar e dono da Coteminas, como candidato à presidência em uma chapa composta junto ao PT. De acordo com o PR, a costura contaria com o ex-governador da Bahia Jaques Wagner no posto de vice.

O cenário, no entanto, é hoje improvável já que nem chega a ser abertamente discutido dentro do PT, que não pretende lançar qualquer candidato para substituir o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva até que a candidatura do petista seja definitivamente impugnada pela Justiça. Procurado pela BBC News Brasil, Josué não comentou o assunto. A reportagem não conseguiu contato com Jaques Wagner.

Se a coligação com o PR tem vantagens para o presidenciável do PSL, ao mesmo tempo deve criar uma vidraça imediata para o candidato. Bolsonaro gosta de dizer que sua campanha não tem envolvidos na Lava Jato. No entanto, o PR é comandado por Valdemar Costa Neto, condenado no escândalo do Mensalão – caso de compra de votos de parlamentares pelo governo petista. Aliados de Bolsonaro temem que algo semelhante possa se repetir caso a coligação se concretize.

“De graça, o PR não ajuda um cego a atravessar a rua. Esse perfil altruísta do PR, de que quer mudar o Brasil, não cola. Em 15 minutos no poder eles vão querer cobrar o deles e o pau vai quebrar”, diz um dos parlamentares envolvidos na campanha.

Bolsonaro sabe que Valdemar pode funcionar como âncora para suas pretensões eleitorais. Por isso, articula com o PR para que o deputado Capitão Augusto assuma a presidência da legenda em agosto. Seria uma medida cosmética para não afugentar simpatizantes.

Desde a condenação a mais de sete anos de prisão, em 2013, Valdemar buscou submergir na política, sem, no entanto, perder o controle sobre a legenda. Em 2015, ele chegou a se desfiliar do PR e hoje é oficialmente funcionário da legenda, contratado como administrador. Por meio de sua assessoria, ele nega ingerência política sobre o PR. Consultado sobre quem manda na legenda, no entanto, o líder do PR na Câmara, deputado José Rocha, é direto: “Valdemar! Mas qual é o partido que não tem um problema hoje? Não tem um que não tenha”.

Comentários Facebook
Clique para comentar

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Internacional

G20 diz que fará “o que for preciso” para combater coronavírus

Publicados

em

O Grupo das 20 principais economias do mundo fará “o que for preciso” para superar a crise do coronavírus e disse nesta quinta-feira (2) que vai injetar 5 trilhões de dólares na economia global por meio de medidas nacionais como parte de seus esforços para diminuir o impacto da doença.

Após uma cúpula extraordinária por vídeoconferência, os líderes do G20 se comprometeram a implementar e financiar todas as medidas de saúde necessárias para proteger vidas e minimizar danos econômicos e sociais, além de evitar interferências desnecessárias no comércio internacional.

Eles também expressaram preocupação com os riscos para países frágeis, principalmente na África, e populações como refugiados, reconhecendo a necessidade de reforçar as redes de segurança financeira global e os sistemas nacionais de saúde.

“Estamos fortemente comprometidos em apresentar uma frente unida contra essa ameaça comum”, disseram os líderes do G20 em um comunicado conjunto após sua reunião de 90 minutos.

A Arábia Saudita, atual presidente do G20, convocou a cúpula em meio a críticas anteriores sobre a lenta resposta do grupo à doença, que infectou mais de 470 mil pessoas em todo o mundo, matou mais de 21 mil e deve provocar uma recessão global.

Os líderes do G20 enfrentaram preocupações crescentes sobre possíveis medidas protecionistas e insistiram que os mercados devem continuar abertos: “As medidas emergenciais destinadas a proteger a saúde serão direcionadas, proporcionais, transparentes e temporárias.”

O grupo se comprometeu com apoio fiscal em larga escala, além do apoio de 5 trilhões de dólares em políticas fiscais direcionadas, medidas econômicas e esquemas de garantia.

Sobre a saúde, os líderes do G20 se comprometeram a fechar a lacuna de financiamento no plano de resposta da Organização Mundial da Saúde (OMS) e fortalecer seu mandato, bem como expandir a capacidade de fabricação de suprimentos médicos, fortalecer as capacidades de responder a doenças infecciosas e compartilhar dados clínicos.

Fonte: Agência Brasil

Comentários Facebook
Continue lendo

Internacional

Número de mortes pelo coronavírus passa de 100 na China

Publicados

em

O número de mortes causadas pela nova variante do coronavírus chegou a 106 depois que autoridades da província de Hubei anunciaram  24 mortes na manhã desta terça-feira (28). Autoridades de saúde da China afirmam que mais de 4 mil pessoas foram infectadas.

O premiê chinês Li Keqiang visitou Wuhan, foco do surto, para demonstrar a seriedade com que Pequim está considerando o problema. Li visitou pacientes e profissionais da área médica que estão atuando na linha de frente de combate à doença.

As autoridades de saúde da China afirmam que as pessoas que visitaram Wuhan e outras áreas afetadas serão monitoradas por um período de duas semanas. He Qinghua, funcionário da Comissão Nacional de Saúde, avisou que “qualquer pessoa que tenha sido infectada será imediatamente encaminhada para um hospital e mantida sob quarentena”.

O prefeito de Wuhan, Zhou Xianwang, admitiu que a cidade não forneceu informações sobre a nova variante do coronavírus em tempo hábil. Zhou atribuiu o atraso ao fato de que o governo local tinha a obrigação de conseguir uma autorização antes de divulgar informações.

Até o momento, cerca de 65 casos foram notificados em 17 países e territórios em todo o mundo.

A China está intensificando as medidas para conter o vírus. O feriado prolongado do Ano-Novo Lunar foi estendido até 2 de fevereiro. O surto também está afetando a economia chinesa. As autoridades em Shanghai pedem que estabelecimentos comerciais na cidade permaneçam fechados até o dia 9 de fevereiro.

Diversas escolas e creches na China decidiram adiar a volta às aulas.

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, está em Pequim. Ele deve se reunir com autoridades chinesas para discutir a melhor forma de combater o surto.

Impacto internacional

O impacto econômico do surto de coronavírus continua a se espalhar, inclusive fora da China.

O governo chinês diz que o número de pessoas que usam o transporte público em todo o país caiu cerca de 30% por cento no sábado (25), o primeiro dia do Ano-Novo Lunar – em comparação com o mesmo período no ano passado.

Outros países também estão sentindo os efeitos. A China proibiu viagens em grupo para o exterior, incluindo o Japão.

O ministro da Revitalização Econômica do Japão, Yasutoshi Nishimura, disse que os chineses representam cerca de 30% do total de turistas estrangeiros no Japão. “E não é apenas isso, a produção e o consumo chinês podem ser prejudicados caso a situação se prolongue. Há preocupação de que isso poderia afetar a produção e as exportações japonesas, bem como os lucros corporativos.”

Nishimura também lembrou os riscos sobre a volatilidade do câmbio e do mercado de ações, e acrescentou que vai monitorar de perto as movimentações financeiras.

A Bolsa de Valores de Xangai, por exemplo, retomaria suas atividades na sexta-feira (31), mas, até o momento, a informação é de que não voltará a operar até a próxima segunda-feira (3).

NHK – Emissora pública de televisão do Japão

Comentários Facebook
Continue lendo

Internacional

Controle de infecção por coronavírus será difícil, diz especialista

Publicados

em

Foto: Paul Yeung/Bloomberg

Um especialista japonês afirmou que será difícil controlar infecções e prevenir a disseminação do novo coronavírus, ligado a um surto de pneumonia na China.

O professor Mitsuo Kaku da Universidade de Medicina e Farmácia de Tohoku, diz que infecções podem ocorrer mesmo quando as pessoas não apresentam sintomas. Ele alerta que o número de pacientes infectados também pode aumentar no Japão.

Kaku diz que o número de casos na China aumenta apesar das restrições de mobilidade em grande escala determinadas para a cidade de Wuhan, o epicentro do surto, e em outras localidades no país.

Afirmou também que autoridades chinesas parecem ter uma crescente noção de urgência em relação aos casos, pois pessoas infectadas com o vírus provavelmente continuam a disseminá-lo mesmo durante o período de incubação.

Kaku disse que a nova linhagem do vírus é diferente dos que causaram as epidemias de síndromes respiratórias agudas SARS e MERS. Acredita-se que, na ausência de sintomas como tosse e coriza, pacientes acometidos pela SARS ou MERS não teriam infectado outras pessoas.

O professor alerta que quem possui doenças crônicas pode ficar gravemente doente se for infectado pelo novo vírus. Ele insiste que as pessoas não encarem o vírus de forma branda, pois trata-se de uma nova linhagem que nunca antes havia infectado seres humanos.

Kaku diz que médicos especialistas têm dificuldade em diagnosticar pacientes que apresentam apenas sintomas leves. E pede que as pessoas evitem tocar o nariz, a boca e os olhos para minimizar o contágio.

Repatriação

Firmas japonesas estão se preparando para trazer de volta ao Japão seus funcionários e familiares lotados em Wuhan, a cidade chinesa no epicentro do surto de coronavírus.

A Organização de Comércio Exterior do Japão diz que cerca de 160 empresas do país operam na cidade e outras localidades nos arredores.

Metade das firmas são parte da indústria automotiva, incluindo a fabricante Honda. Executivos da empresa planejam repatriar funcionários e familiares, afirmando que vão trazer cerca de 30 pessoas de volta ao país.

A varejista Aeon também possui 12 funcionários japoneses em uma empresa do mesmo grupo, baseada em Wuhan. Foi comunicado que a firma deve trazer todos de volta, com exceção dos que ocupam cargos essenciais para a operação de cinco supermercados na cidade.

A fabricante de pneus Bridgestone também conta com dois funcionários japoneses na região chinesa afetada pelo surto. Foi informado que um deles já voltou para o Japão e o outro espera retornar em um voo fretado.

NHK (emissora pública de televisão do Japão) 

Comentários Facebook
Continue lendo

Política

Polícia

GERAL

Mais Lidas da Semana