O advogado Roberto Zampieri, executado em dezembro de 2023, deixou para os seus herdeiros um vasto patrimônio milionário, que inclui bens valiosos e terras espalhadas por diferentes regiões do estado de Mato Grosso e além. Entre os itens herdados estão imóveis de luxo, aeronaves avaliadas em cerca de R$ 7 milhões e uma frota de caminhonetes e veículos de alto custo.

De acordo com informações divulgadas pelo Jornal Grande Bahia, o espólio de Zampieri inclui um apartamento de luxo em Itapema, Santa Catarina, avaliado em R$ 3,2 milhões. Além disso, a herança envolve 3,5 mil hectares de terra divididos entre fazendas em Rosário Oeste, Ribeirão Cascalheira, Chapada dos Guimarães, Várzea Grande e Cuiabá. Zampieri também deixou duas aeronaves – um Cessna Aircraf T182T e um Raytheon Aircraft 58 – que juntos somam aproximadamente R$ 7 milhões.

Outro item de grande valor são as 10 caminhonetes que fazem parte do patrimônio. O inventário também inclui 15 motos, três carros e caminhões. Apesar do vasto patrimônio, os herdeiros enfrentam o desafio de regularizar uma série de dívidas, incluindo mais de R$ 500 mil de uma cobrança relativa à compra de gado e um débito de R$ 51 mil em IPTU apenas na cidade de Cuiabá, além de multas relacionadas a crimes ambientais.

O processo de inventário segue na Justiça, e os herdeiros solicitaram ao Judiciário a autorização para vender alguns bens, visando o pagamento das dívidas. Além disso, parte dos bens deve ser transferida para uma das filhas de Zampieri, com o objetivo de facilitar o processo de regularização e divisão do patrimônio.

Zampieri foi morto com 10 tiros após sair de seu escritório em Cuiabá, em um caso que inicialmente foi relacionado a uma disputa de terras, mas que, com o tempo, passou a ser investigado também por uma possível conexão com um esquema de venda de sentenças judiciais. O caso segue sendo investigado pelas autoridades.

Nesse fim de semana, a presidente estadual do Democrata Cristã (DC), Paula Boaventura, marcou presença em São Paulo durante um dos encontros mais importantes do partido no ano. O evento reuniu lideranças nacionais e estaduais para debater estratégias eleitorais visando as eleições municipais de 2024, consolidando o protagonismo do partido em diversas regiões, incluindo Mato Grosso.

Paula teve uma reunião produtiva com José Maria Eymael, presidente nacional da legenda. Durante o encontro, Eymael destacou o potencial eleitoral do DC em Mato Grosso e anunciou que o 27º Encontro Nacional do partido será realizado no estado em 2025, fortalecendo ainda mais a presença do Democrata Cristão na região.

Além dos debates e trocas de experiências, o evento foi uma oportunidade de reafirmar compromissos com os valores do partido. Paula Boaventura ressaltou a força das bases no interior de Mato Grosso, destacando que o DC já possui candidatos competitivos para o próximo pleito, com foco na renovação política e no fortalecimento da democracia cristã.

As atividades reforçaram o papel estratégico do Democrata Cristão no cenário político nacional, com a promessa de ampliar sua atuação em estados-chave. Paula também reforçou que o DC irá continuar uma luta em defesa do conservadorismo.

“Estando trabalhando para construir um futuro comprometido com o ideal de liberdade e justiça valendo dos princípios e valores cristãos e constitucionais”, afirmou Paula.

A senadora Margareth Buzetti (PSD) respondeu com firmeza às críticas de que seria “inexpressiva” no Senado Federal, além de rebater cobranças para ceder sua vaga ao segundo suplente, José Lacerda.

Durante participação no programa Roda de Entrevista, Buzetti destacou resultados expressivos em seu mandato, assumido após Carlos Fávaro ser nomeado ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. “Eu tenho duas leis aprovadas em apenas um ano e 18 dias. Se isso é ser inexpressiva, quero continuar sendo”, declarou a senadora com tom irônico.

A parlamentar reafirmou que tem um acordo com José Lacerda e garantiu que ele assumirá a vaga em novembro de 2025. “Eu conversei pessoalmente com ele e disse que abriria a vaga. A minha palavra não basta porque sou mulher? Eu não me vitimizo, mas estou trabalhando e entregando resultados. Até lá, vou continuar meu trabalho. Política é muito estranha, mas o compromisso que fiz com ele vou cumprir”, assegurou.

Buzetti também explicou que o rodízio de suplentes não é permitido pelo regimento interno do Senado, destacando que essa prática seria incomum e proibida. “Alguém sabe quem é o segundo suplente do Renan Calheiros, do Davi Alcolumbre, do Moro ou do Mourão? Não existe isso. O regimento só permite uma licença por ano. Ainda assim, o compromisso que assumi com José Lacerda será honrado”, finalizou a senadora.