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Médicos reagem a ataques de Abílio e destacam desmonte da atenção primária

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O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) reagiu às declarações do prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini, que tentou responsabilizar médicos pelo caos no sistema de saúde da capital. Em nota pública, o órgão repudiou as acusações e destacou que a falta de estrutura e investimentos é a verdadeira causa dos problemas enfrentados pela população.

O CRM-MT esclareceu que há uma diferença fundamental entre as funções das Unidades Básicas de Saúde (UBSs), das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e das Policlínicas. Segundo o Conselho, as UBSs não têm capacidade para atender urgências e emergências, papel exclusivo das UPAs. A insinuação de que pacientes com classificação de risco verde poderiam ser atendidos nas UBSs é equivocada e coloca em risco a vida de pessoas com quadros mais graves.

Além disso, a nota expõe o desmonte da Atenção Primária em Cuiabá, com obras atrasadas, falta de equipes e sistemas ineficientes. Como exemplo, o Conselho mencionou as reformas das UBSs 3 e 4 no bairro Pedra 90, que já duram oito anos, e a ausência de implementação de 100 equipes de Atenção Primária autorizadas pela Prefeitura.

O CRM-MT também criticou as ameaças de demissão feitas pelo prefeito contra os profissionais de saúde. Segundo o órgão, essa postura não apenas agrava o problema, como também contribui para o aumento da violência contra médicos. Dados do Conselho Federal de Medicina mostram que um profissional é vítima de violência a cada três horas no Brasil.

Por fim, o CRM-MT afirmou que continuará cobrando soluções estruturais para a crise na saúde pública e destacou que responsabilizará o prefeito por qualquer incidente envolvendo agressões a médicos.

NOTA DE ESCLARECIMENTO

Diante de mais uma tentativa, por parte do prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini, de criminalizar e imputar a responsabilidade pelo caos vivido no Sistema de Saúde da Capital aos médicos, o Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) vem a público esclarecer que:

– Há grandes diferenças entre Unidades Básicas de Saúde (UBSs), Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e Policlínicas. As UBSs não foram feitas para o atendimento de urgências e emergências. Usando como exemplo a iniciativa privada, elas funcionam como o consultório do médico, enquanto as UPAs são os Pronto-Atendimentos dos hospitais. Quando alguém tem dor, febre, vômitos e outros sintomas, esta pessoa não liga para marcar uma consulta, ela vai ao Pronto-Atendimento;

– Ao dizer que os pacientes classificados nas UPAs e policlínicas com classificação de risco verde, o prefeito dá a entender que estas pessoas poderiam ser atendidas nas UBSs, o que não é verdade. Essa postura do prefeito tem levado pacientes com problemas mais graves às unidades, colocando em risco a vida destas pessoas. Embora sejam menos prioritários que aqueles com classificação vermelha ou amarela, estes casos também demandam cuidados na própria UPA;

– Ao longo dos anos, a Atenção Primária passou por um verdadeiro desmonte e, hoje, as UBSs não possuem estrutura adequada para tratamento dos pacientes. Foi retirado do médico até mesmo o direito da emissão da Autorização de Internação Hospitalar (AIH). A população, que busca uma UBS sabe que o médico que atende nesta unidade conta apenas com uma caneta e com o bloco de receituário médico e que os exames pedidos não serão feitos, ou serão feitos após um, dois e até mesmo três anos;

– Sem nenhuma condição de atendimento, o que se vê é uma baixa taxa de resolutividade. Quem busca a UBS e tem o encaminhamento para a realização de um exame de imagem, por exemplo, leva, com sorte, mais de um ano para fazer o procedimento. O Conselho lamenta que, até o momento, não há nenhuma movimentação por parte da Prefeitura em contratar empresas para a realização destes exames. É justamente por não conseguir solucionar os problemas de saúde dos pacientes que as UPAs estão lotadas;

– Falando justamente do caso do Pedra 90, a realidade é que as UBSs 3 e 4 do bairro estão em reforma há pelo menos 8 anos, obra ainda não foi concluída. Isso sem contar a autorização para a criação de mais 100 equipes de Atenção Primária cuja efetivação até o momento não ocorreu no município;

– Do mesmo modo, é necessário que haja a compreensão de que uma consulta em uma UBSs é diferente de um atendimento em uma UPA. Comparar, quantitativamente, o número de pacientes atendidos como forma de medir a produção médica é irresponsável. Além do mais, muitas das consultas feitas em uma UBSs acabam sem registro no sistema por falhas do software utilizado pela Prefeitura de Cuiabá;

– Ao criminalizar e, inclusive, ameaçar os profissionais de saúde de demissão, o prefeito tenta imputar a estas pessoas a situação caótica do sistema como um todo e, como em outros episódios, tenta criar uma cortina de fumaça, vendendo a ilusão de que um problema tão complexo possui uma solução simples. O comportamento do prefeito, inclusive, contribui para o aumento no número de casos de violência contra médicos, verificado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). Em média, um profissional é vítima de violência a cada três horas, considerando apenas os casos em que Boletins de Ocorrência foram lavrados. O CRM-MT alerta que responsabilizará o prefeito caso ocorram ameaças injúria, difamação, agressões e outros crimes praticados contra os médicos na rede pública de Saúde;

– Por fim, o CRM-MT seguirá atento e cobrando medidas que efetivamente solucionam a causa principal desta situação, a falta de estrutura, organização, recursos e investimentos.

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Polícia caça criminosos que feriram agentes e fizeram reféns

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Desde a manhã desta sexta-feira (7), uma grande operação policial está em curso na Zona Leste de Manaus para capturar dois criminosos que atiraram contra policiais civis, feriram uma mulher e fizeram reféns durante a fuga. A ação teve início por volta das 10h30, no bairro Jorge Teixeira, quando agentes da Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher (DECCM) cumpriam um mandado de busca e apreensão contra Cleverson da Silva e Silva, de 27 anos.

Ao perceber a presença dos policiais, Cleverson e um comparsa não identificado abriram fogo contra a equipe, atingindo um dos agentes. Na fuga, roubaram um caminhão de entrega de materiais de construção e fizeram o motorista refém.

 

 

Durante a perseguição, na Alameda Cosme Ferreira, bairro Coroado, o veículo colidiu com dois carros, mas os suspeitos seguiram para o bairro Novo Reino, onde invadiram uma residência e mantiveram uma família refém. Quando perceberam que estavam cercados, abandonaram a casa e voltaram a fugir.

Além do policial ferido, uma criança foi baleada e uma adolescente atropelada por um carro roubado pelos criminosos.

A operação para capturá-los conta com equipes da Polícia Militar e da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core), que fazem uma varredura em diversos bairros da Zona Leste. Segundo a polícia, Cleverson é considerado perigoso e possui diversas passagens por crimes, incluindo um mandado de prisão por roubo majorado.

A caçada continua e novas informações devem ser divulgadas ao longo do dia.

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Abertura nacional da colheita da safra 24/25 destaca a produção sustentável de soja

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A Abertura Nacional da Colheita da Soja, realizada nesta sexta-feira (07.02), na Fazenda Esperança, em Santa Carmem (MT), reuniu mais de 800 pessoas e trouxe à tona discussões essenciais sobre o futuro do agronegócio brasileiro. Com a presença de autoridades, especialistas e líderes do setor, o evento discutiu temas como sustentabilidade, a realização da COP 30 no Brasil, biocombustíveis e segurança alimentar, além de celebrar os 20 anos da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT).

 

A programação contou com dois painéis de grande relevância. O primeiro abordou a sustentabilidade no contexto da realização da Conferência entre as Parte (COP) 30 no Brasil, e teve a participação de autoridades como o vice-presidente da Aprosoja MT, Luiz Pedro Bier, o jornalista e escritor Aldo Rebelo e o especialista em Direito, Governo e Políticas Públicas, Daniel Vargas. A mediação do painel foi realizada pelo diretor executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil) e Conselheiro do Instituto Pensar Agro (IPA), Fabricio Rosa.

 

Para Luiz Pedro Bier, a entidade tem se destacado pela sua postura firme na defesa dos direitos do produtor, que inclui mostrar a sustentabilidade das práticas agrícolas adotadas pelos agricultores mato-grossenses. “A Aprosoja MT, independente da situação, ela toma posicionamento. Isso é característica da associação, que tem no seu a luta e a defesa pelo direito do produtor. É ano de COP e a gente precisa intensificar e saber o posicionamento de várias autoridades e pensadores do agronegócio”, pontua.

 

 

 

O presidente da Aprosoja Brasil, Maurício Buffon, reforça que o agronegócio brasileiro tem demonstrado compromisso com a preservação ambiental. “O produtor trabalha na questão ambiental dentro das suas próprias propriedades, ele já faz o dever de casa, que é fazer toda essa parte da sustentabilidade e da preservação”, afirma.

 

De acordo com o vice-presidente norte da Aprosoja MT, Ilson Redivo, as discussões são necessárias para a continuação da atividade produtiva. “Nós precisamos avançar e esses encontros têm este papel, trazer as autoridades aqui para que elas sintam as reais necessidades do produtor e nos ajude a resolver os gargalos existentes, que são muitos. Aqui, nós produtores temos consciência daquilo que fazemos, plantamos com sustentabilidade, fazemos plantio direto e damos exemplo para o mundo em sustentabilidade, então isso tem que ser dito”, ressalta.

 

O segundo painel discutiu o papel e oportunidades dos produtores na produção de alimentos e biocombustíveis. Entre os painelistas, estavam o vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado federal Arnaldo Jardim, o presidente da Frente Parlamentar do Biodiesel (FPBio), deputado federal, Alceu Moreira, e o diretor de Relações Institucionais e Sustentabilidade da União Nacional de Etanol de Milho (UNEM), Bruno Alves, sob a mediação do diretor executivo da Aprosoja MT, Wellington Andrade.

 

Durante o debate, o deputado federal Alceu Moreira enfatizou a importância da soja na produção de diversos produtos e sua relevância no setor dos biocombustíveis. “O biocombustível precisa de previsibilidade, ele precisa aumentar 1% a cada ano, até chegar a 25% que nós inserimos na lei e não tem nenhum problema com a segurança alimentar”, afirma.

 

 

 

Bruno Alves, diretor de Relações Institucionais da UNEM, destacou o aumento da produção de biocombustíveis no Brasil. “Essa tendência que a gente tem no Brasil da evolução dos biocombustíveis, estamos vivendo um momento mágico. A nossa expectativa aqui em função dos investimentos que a gente tem previsto no setor, teremos ao longo dos próximos anos, a manutenção desse crescimento que veio acontecendo. Há sete anos a gente fazia 700 milhões de litros e nós vamos terminar essa safra com 8,25 bilhões de litros, isso é um crescimento fantástico”, declara.

 

A escolha de Santa Carmem, na região de Sinop, para sediar a abertura da colheita da soja foi uma decisão estratégica, considerando que Mato Grosso é o maior estado produtor de soja do mundo. A fazenda do produtor Invaldo Weis, uma das propriedades participantes do Soja Legal – programa da entidade que busca a melhoria contínua das propriedades rurais e é reconhecido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) –, trouxe visibilidade para a produção sustentável promovida pelo setor.

 

Para Invaldo, sediar um evento desse porte em sua fazenda foi uma surpresa, mas também um grande orgulho. “Nunca imaginei algo assim aqui na propriedade, transformar meu barracão de máquinas para receber este evento foi uma honra”, comentou entusiasmado sobre a estrutura montada para a abertura do evento.

 

Em comemoração aos 20 anos da Aprosoja Mato Grosso, após os painéis foram feitas homenagens ao primeiro presidente da entidade, José Rogério Salles, ao vice-presidente norte da Aprosoja MT, Ilson Redivo, para a deputada federal Coronel Fernanda, ao jornalista e editor, Aldo Rebelo, assim como ao vice-presidente sul da entidade, Fernando Ferri.

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Curso de Segurança na Aplicação de Agrotóxicos é realizado em Jaciara pelo Sindicato Rural e Senar-MT

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O Sindicato Rural de Jaciara, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar-MT), promoveu entre os dias 3 e 5 de fevereiro o curso NR 31.7: Segurança na Aplicação de Agrotóxicos. A capacitação reuniu trabalhadores rurais e profissionais interessados no setor agropecuário, abordando temas fundamentais para a segurança e a saúde no trabalho com defensivos agrícolas.

A engenheira agrônoma e especialista em Segurança do Trabalho, mestre em Prevenção de Riscos Ambientais, Valéria Costa, explicou a relevância do curso e os principais conteúdos abordados durante a formação.

“Neste evento sobre a NR 31.7, discutimos aspectos importantes da legislação sobre agrotóxicos, medidas de proteção à vida e à saúde dos trabalhadores que lidam com esses produtos, além da identificação de sinais e sintomas de intoxicação. Também abordamos o uso correto dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI), a vestimenta adequada para a aplicação de agrotóxicos, a higienização dos EPIs, o armazenamento correto de embalagens cheias e vazias e a legislação sobre a destinação final dessas embalagens. Todos esses conhecimentos são fundamentais para garantir a segurança no campo e a preservação do meio ambiente”, destacou Valéria.

Entre os participantes do curso estava Wesley Rodrigues, que atualmente trabalha em uma empresa do setor alimentício, mas busca aprimoramento profissional para atuar na área agropecuária.

“Esse curso foi uma grande oportunidade para aprender mais sobre as técnicas de segurança na aplicação de agrotóxicos. O mercado de trabalho abre portas para quem está qualificado, e essa capacitação me permite buscar novas oportunidades no setor. Agradeço ao Sindicato Rural de Jaciara e ao Senar-MT por essa iniciativa”, afirmou Wesley.

A presidente do Sindicato Rural de Jaciara, Juliana Bortolini, enfatizou a importância da qualificação para suprir a demanda por mão de obra no setor agrícola.

“O agronegócio precisa de profissionais capacitados, e esse curso é uma excelente oportunidade para preparar trabalhadores para o campo. Nossa missão é apoiar a formação e o crescimento da mão de obra rural, garantindo mais segurança e eficiência na atividade agrícola”, ressaltou Juliana.

A mobilizadora Andrea Nascimento também destacou o impacto positivo do curso na vida dos participantes.

“Essa capacitação viabiliza novas oportunidades para pais de família que buscam se recolocar no mercado de trabalho ou ingressar em um novo ramo profissional. Nosso objetivo é levar conhecimento e qualificação para quem precisa, abrindo caminhos para um futuro melhor”, disse Andrea.

O curso NR 31.7: Segurança na Aplicação de Agrotóxicos faz parte das ações do Senar-MT em parceria com sindicatos rurais, promovendo a qualificação de trabalhadores do campo e contribuindo para a segurança e a sustentabilidade da produção agrícola.

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