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Polícia

Líderes de facções usavam mercadinhos em presídios para obter lucro, diz promotor

O Gaeco já conduz investigações sobre a possível lavagem de dinheiro nesses estabelecimentos, mas o promotor evitou divulgar detalhes para não comprometer o andamento do caso.

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O chefe do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), promotor Adriano Roberto Alves, revelou que facções criminosas utilizam os mercadinhos dentro das penitenciárias de Mato Grosso como fonte de “renda extra”. Além disso, há investigações em andamento para apurar se esses estabelecimentos estão sendo usados para lavagem de dinheiro.

Durante entrevista à imprensa nesta sexta-feira (7), o promotor destacou que uma operação da Polícia Civil em 2024 encontrou cerca de 200 quilos de arroz dentro da cela de um criminoso de alto escalão de uma facção.

“Durante a operação, realizada entre outubro e novembro do ano passado, identificamos grandes quantidades de alimentos e materiais de venda armazenados nas celas de líderes de facções. Isso sugere que as compras eram entregues às lideranças e revendidas dentro do sistema prisional. Não há justificativa para um preso armazenar 200 quilos de arroz”, afirmou Alves.

O Gaeco já conduz investigações sobre a possível lavagem de dinheiro nesses estabelecimentos, mas o promotor evitou divulgar detalhes para não comprometer o andamento do caso. “Provavelmente será realizada uma operação específica sobre isso”, adiantou.

A existência dos mercadinhos divide opiniões entre autoridades políticas e jurídicas. O debate se intensificou após o governador Mauro Mendes (UB) sancionar a Lei nº 12.792/2025, que restringe o funcionamento desses estabelecimentos nos presídios. Mendes argumenta que os mercados fortalecem o poder das facções e servem como instrumento de controle interno e arrecadação ilegal.

Por outro lado, o desembargador Orlando Perri defende a continuidade dos mercadinhos, alegando que há respaldo legal para seu funcionamento. O chefe do Gaeco, no entanto, concorda com o governador e reforça que o Estado já fornece os itens essenciais aos detentos.

“A lei prevê a existência dos mercadinhos apenas se o Estado não fornecer o essencial. Se houver falhas nesse fornecimento, o Ministério Público e o Judiciário devem atuar. No entanto, desconheço qualquer situação em que os presos estejam sem itens básicos”, concluiu Alves.

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Polícia

Vítima denuncia esquema de tráfico sexual e leva PF a operação no Brasil

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A Polícia Federal realizou, nesta sexta-feira (14), a Operação Insídia para combater o tráfico de pessoas com fins de exploração sexual na Europa. A ação ocorreu em Rio Branco, no Acre, onde foram cumpridos um mandado de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva, expedidos pela 2ª Vara Federal da Seção Judiciária do estado.

A investigação teve início na Superintendência Regional da PF em Mato Grosso, após uma vítima denunciar que havia sido levada para a Europa sob falsas promessas de melhores condições de vida, mas acabou sendo submetida à exploração sexual.

Durante a operação, celulares e outros materiais de interesse foram apreendidos. A Polícia Federal seguirá com as investigações para aprofundar o caso e identificar possíveis envolvidos no esquema criminoso.

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Ação conjunta da PF desmonta estrutura de garimpo ilegal em Mato Grosso

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A Polícia Federal, em ação conjunta com o Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) e o Centro Integrado de Operações Aéreas (CIOPAER), realizou entre os dias 12 e 13 de março uma operação de repressão a crimes ambientais e contra a ordem econômica na Terra Indígena Sararé, em Mato Grosso.

Denominada Operação Rondon, a ação teve como principal objetivo combater a extração ilegal de ouro e remover garimpeiros das áreas ocupadas ilegalmente. Além disso, foram inutilizados instrumentos e maquinários utilizados na atividade de garimpagem, impedindo a continuidade da degradação ambiental na região.

Durante as incursões, as equipes destruíram escavadeiras hidráulicas, motores estacionários e diversos equipamentos empregados na extração ilegal de ouro. Além disso, foram apreendidos munições de diversos calibres, celulares, anotações e outros materiais que podem ajudar nas investigações sobre a atividade criminosa.

A operação busca conter o agravamento da situação na TI Sararé, onde, além do crime de usurpação de bens da União e degradação ambiental, há registros de porte ilegal de armas, homicídios motivados por disputas territoriais e outros ilícitos ligados ao garimpo ilegal.

As forças de segurança seguem monitorando a região para evitar a retomada das atividades criminosas e garantir a proteção do território indígena.

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“Uma das cenas mais cruéis”, diz perito sobre assassinato de Emilly Sena

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O perito criminal Luis Paoli, da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec-MT), esteve na casa onde o corpo de Emilly Azevedo Sena, de 16 anos, foi encontrado na manhã desta quinta-feira (13), no bairro Jardim Florianópolis, em Cuiabá. A adolescente, que estava grávida de nove meses, foi encontrada enterrada em uma cova rasa, com o abdômen aberto e as mãos amarradas nas costas.

Segundo Paoli, a brutalidade do crime chocou até mesmo profissionais experientes. “Para eu me conter diante da cena de uma menina de 16 anos com o abdômen aberto, mãos presas nas costas e asfixiada, foi difícil. Tenho uma filha com idade próxima e senti o peso do que fazemos. De todas as situações que já cobri, essa foi uma das mais cruéis e difíceis de processar”, afirmou o perito, que atua há 12 anos na profissão.

Assassinato brutal e investigação em andamento

A perícia inicial apontou que Emilly foi morta por asfixia antes de ter o abdômen aberto para a retirada do bebê. O corpo apresentava sinais de violência, incluindo possível fratura nos pulsos. A adolescente havia saído de casa, em Várzea Grande, para buscar doações de roupas para sua filha, mas não retornou e foi considerada desaparecida.

Até o momento, quatro pessoas foram levadas para a Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) para prestar depoimento. Entre elas, o chefe de cozinha Christian Cebalho, que chegou a postar um vídeo da recém-nascida nas redes sociais, mas foi liberado. Já Nataly Helen Martins Pereira, que confessou ter assassinado Emilly e alegou ter agido sozinha, segue presa.

A bebê resgatada permanece sob acompanhamento médico no hospital, enquanto as investigações continuam para esclarecer os detalhes do crime e possíveis outros envolvidos.

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