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Política Nacional

Lei Rouanet deverá ter teto de R$ 1 milhão por projeto, diz Bolsonaro

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O presidente Jair Bolsonaro afirmou hoje (18) que o governo prepara um pacote de alterações na Lei federal de Incentivo à Cultura (8.313/91), a chamada Lei Rouanet, para incluir o estabelecimento de um teto máximo de R$ 1 milhão por projeto. As alterações devem ser publicadas por meio de Instrução Normativa do Ministério da Cidadania nos próximos dias. Segundo o presidente, atualmente os projetos podem captar até R$ 60 milhões, valor que ele considera exorbitante.  

“O teto era até R$ 60 milhões. Artistas recebiam ou poderiam receber até R$ 60 milhões. Passamos esse limite para R$ 1 milhão, acho que ele tá alto ainda, mas diminuímos 60 vezes o valor desse teto. Então, mais gente, mais artistas poderão ser beneficiados da Lei Rounaet”, afirmou durante transmissão ao vivo em sua página oficial no Facebook, acompanhado por uma tradutora de Libras.

O orçamento da Lei Rouanet é de cerca de R$ 1 bilhão por ano. Ela funciona como mecanismo de abate de impostos. As empresas que patrocinam projetos culturais podem deduzir até 4% do imposto de renda. A escolha dos projetos a serem apoiados cabe aos próprios patrocinadores e não ao governo.

O presidente defendeu o novo valor para o teto de captação de projetos via Lei Rounet e estima que será ampliado o número de artistas contemplados. “Com R$ 1 milhão, com todo respeito, dá pra fazer muita coisa, em especial alavancar esses artistas da terra, raiz, para que eles tenham uma carreira promissora no futuro”, acrescentou. 

O presidente também fez duras críticas à própria Lei, que ele chamou de “desgraça”, e atribuiu os problemas dela aos critérios que vinham sendo praticados em governos anteriores. “Começou muito bem intencionada, depois virou aquela festa que todo mundo sabe, cooptando classes artísticas, pessoas famosas, para apoiar o governo”, disse. 

Liberdade de expressão

No início da transmissão, o presidente defendeu o trabalho da imprensa e chegou a mencionar a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que revogou a determinação para retirar do ar uma reportagem sobre o presidente da Corte, ministro Dias Toffoli, do site O Antagonista e da revista Crusoé

A medida foi tomada após críticas de membros da Corte, da Procuradoria-geral da República (PGR), de parlamentares e de entidades como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A matéria em questão trata de uma citação feita pelo empresário Marcelo Odebrecht, um dos delatores da Operação Lava Jato, a um codinome usado em troca uma de e-mails com um ex-diretor da empreiteira. 

“A imprensa funcionando, mesmo com alguns percalços, é importante para que seja mantida a chama da democracia”, disse Bolsonaro. O presidente transmitiu a live no Facebook diretamente da Base Naval do Exército em Guarujá, interior de São Paulo, onde ele deve permanecer durante o feriado e o fim de semana. Pela manhã, na capital paulista, ele participou de solenidade em comemoração dos 371 anos do Exército Brasileiro, no Quartel-General do Ibirapuera.    

Passaporte diplomático

Bolsonaro também comentou sobre a recente decisão do governo de conceder passaporte diplomático de líderes religiosos. O caso ganhou repercussão por causa renovação do passaporte diplomático do bispo Edir Macedo, líder da Igreja Universal do Reino de Deus e empresário do setor de comunicações, e de sua esposa, Ester Eunice Rangel Bezerra. O documento de ambos foi renovado por mais três anos na última segunda-feira, numa autorização expedida pelo ministro Ernesto Araújo (Relações Exteriores), mas, no dia seguinte, a concessão foi anulada pelo juiz federal Vigdor Teitel, da 11ª Vara Federal do Rio de Janeiro.

Para o presidente, a anulação da renovação deverá ser derrubada na Justiça. Bolsonaro defendeu o passaporte diplomático concedido ao líder religioso, explicando que outros governos já haviam feito o mesmo.  

“Foi concedido, inicialmente, o passaporte [diplomático] para ele no governo Lula lá atrás, foi renovado no governo Lula de novo, e depois no [governo] Dilma e daí, expirando o prazo no meu governo, nós autorizamos a renovação e será mantida, no que depender de mim, para ele e sua esposa, e ponto final. Eu entendo que está enquadrado nas normas do Itamaraty as exceções e a exceção é muito bem-vinda nesse caso”, disse.

Ainda segundo o presidente, líderes religiosos de outras três igrejas evangélicas (Igreja Internacional da Graça de Deus, Assembleia de Deus e Igreja Mundial do Poder de Deus), além de representantes da Igreja Católica, também tiveram ou terão os passaportes diplomáticos renovados em seu governo.

Edição: Sabrina Craide

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Política Nacional

Governo quer acelerar regulamentação para porte de Maconha no Brasil

Esse componente da estratégia governamental destaca a preocupação em tratar o uso de drogas sob um prisma que priorize apoio integral e reabilitação, alinhando-se a práticas mais humanizadas e menos punitivas.

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Em resposta a uma decisão significativa do Supremo Tribunal Federal (STF) tomada em 2023, o governo federal do Brasil está concentrado em acelerar a formulação de regras claras para o porte de maconha. Este movimento surge em função da determinação do STF, que descriminalizou a posse de até 40 gramas de maconha para uso pessoal. Tais medidas visam tanto ajustar as práticas legais quanto promover novas políticas sobre drogas.

O Ministério da Justiça e Segurança Pública está liderando essa iniciativa, prevendo a introdução de normas específicas ainda no primeiro trimestre de 2024. O objetivo é criar um marco regulatório que ofereça segurança jurídica para cidadãos e autoridades policiais, minimizando divergências na interpretação da lei.

A Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad) desempenha um papel fundamental nesse processo. Em parceria com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a secretaria está organizando uma série de reuniões para debater a criação de uma resolução que defina o tratamento legal para quem for encontrado com maconha dentro do limite permitido. Estes encontros estarão concentrados ao longo do mês de janeiro de 2024, facilitando um diálogo abrangente entre governo e judiciário.

Além disso, a Senad está comprometida em lançar campanhas de conscientização pública visando alertar sobre os riscos associados ao consumo de drogas. Essas campanhas visam educar a população sobre os perigos do uso exorbitante de maconha e fomentar um entendimento mais amplo sobre as novas leis.

Outra frente dessa iniciativa é a criação de Centros de Acesso a Direitos e Inclusão Social (Cais). Estes centros proporcionarão suporte para indivíduos enfrentando desafios relacionados ao abuso de drogas, oferecendo tanto assistência jurídica quanto psicológica. A proposta desses centros é promover a inclusão e acesso a direitos, trabalhando não apenas na dimensão legal, mas também social e de saúde dos cidadãos.

Esse componente da estratégia governamental destaca a preocupação em tratar o uso de drogas sob um prisma que priorize apoio integral e reabilitação, alinhando-se a práticas mais humanizadas e menos punitivas.

A decisão do STF estabelece que a posse de até 40 gramas de maconha não será considerada crime, presumindo-se que o portador é usuário e não traficante. Além disso, aqueles que cultivam até seis plantas fêmeas também se enquadram nessa presunção. Até que uma legislação específica seja aprovada pelo Congresso, este entendimento continuará vigente, alterando significativamente o enfoque policial e judicial sobre a posse e uso pessoal de cannabis no Brasil.

Essa mudança representa um avanço em termos de políticas de drogas no país, sinalizando uma possível transição para modelos mais permissivos e regulados, observados em outras nações ao redor do mundo. É uma abordagem que procura equilibrar o direito individual ao uso com a necessidade de regular e educar a sociedade sobre os efeitos e responsabilidades envolvidas.

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Ministro da Secom é demitido por Lula; marqueteiro assume

.Pimenta está no cargo desde o início da atual gestão, em janeiro de 2023. Em seu lugar, assumirá o publicitário baiano Sidônio Palmeira.

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O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), Paulo Pimenta, anunciou na tarde desta terça-feira (7) que está deixando o comando da pasta por decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Pimenta está no cargo desde o início da atual gestão, em janeiro de 2023. Em seu lugar, assumirá o publicitário baiano Sidônio Palmeira.

 

“O presidente tem uma leitura muito precisa de que nós tivemos uma primeira fase do governo, que foi uma fase de reconstrução, uma fase de reposicionamento dos programas, das ações do governo. E, a partir de 2025, vamos entrar em uma fase nova do governo, que é aquilo que a gente chama do período da colheita, dos resultados”, justificou Pimenta, em seu gabinete, em anúncio a jornalistas que cobrem o Palácio do Planalto.

 

“O presidente quer ter à frente da Secom uma pessoa que tenha um perfil diferente do que eu tenho. Um profissional de comunicação, uma pessoa que tenha experiência, que tenha talento, criatividade, capacidade de poder exercer essa tarefa e coordenar essa política de comunicação do governo no próximo período.”

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Vietnã abre caminho para facilitação do comércio de couro brasileiro

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governo brasileiro recebeu com satisfação a decisão do governo vietnamita pelo fim da exigência do Certificado Sanitário Internacional para a comercialização de couro produzido no Brasil. A mudança é considerada um marco para as relações comerciais entre os dois países e atende a um antigo pleito do setor exportador nacional.

“É um reconhecimento da qualidade dos nossos produtos, que agora permite a simplificação do processo de exportação, seguindo a mesma linha do recente fim da exigência do CSI para pescados exportados aos Estados Unidos. Essa é uma grande oportunidade para fortalecer nossa presença e ampliar as exportações brasileiras nos mercados asiáticos”, disse o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

A medida, comunicada na última semana pelo Vietnã, simplifica processos e contribui para a consolidação do Brasil como um dos maiores exportadores globais de couro, com mais de 557 mil toneladas exportadas nos primeiros 11 meses de 2024, o que representa um crescimento de 39,2% em relação ao mesmo período de 2023. Essas exportações foram realizadas por unidades produtivas distribuídas pelo país, especialmente nos estados do Rio Grande do Sul, São Paulo, Minas Gerais e Paraná.

De janeiro a novembro de 2024, o Vietnã importou mais de US$ 3,51 bilhões em produtos do agronegócio brasileiro. Entre os principais itens estão milho, algodão, farelo de soja, soja em grãos, pimenta, carne suína, carne de aves, madeira, produtos de reciclagem animal e algodão para a indústria têxtil, demonstrando a diversificação e evidenciando o potencial de ampliação da pauta exportadora para aquele mercado asiático. O país também foi o terceiro maior mercado de destino dos couros e seus produtos, somando 59,63 mil toneladas (10,7% de participação), atrás apenas da China, que teve participação de 45,0% (250,91 mil toneladas), seguida pela União Europeia, com 16,2% (90,11 mil toneladas).

Segundo o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Luís Rua, a medida promove um fluxo comercial mais eficiente: “Além de representar novas possibilidades de negócio, a mudança reforça a confiança nas práticas sanitárias brasileiras e o esforço do governo brasileiro em fortalecer e ampliar relações comerciais com esse importante parceiro”, afirmou.

A decisão do governo vietnamita possibilita novos negócios para os produtores brasileiros, reforça a confiança nas práticas sanitárias brasileiras e demonstra o esforço do governo brasileiro para fortalecer e ampliar as relações comerciais do país.

Essa nova abertura comercial é resultado do trabalho conjunto do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e do Ministério das Relações Exteriores (MRE).

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