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Política Nacional

Governo anuncia R$ 500 milhões do BNDES para caminhoneiros autônomos

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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) disponibilizará R$ 500 milhões e abrirá uma linha de crédito especial para caminhoneiros autônomos. Os recursos deverão ser usados para aquisição de pneus e manutenção dos veículos.

O crédito faz parte de um pacote de medidas anunciadas hoje (16) pelo governo federal para atender o setor de transporte de cargas do país. “Nós temos que lidar com uma realidade que é a escolha que o Brasil fez há cinco décadas, do modal rodoviário, e que precisa ser enfrentada para garantir respeito e valorização do trabalhador e o abastecimento da população brasileira”, disse o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.

De acordo com ele, a falta de manutenção de veículos é um dos principais problemas, identificados em blitz da Polícia Rodoviária Federal, que impacta na segurança das rodovias brasileiras. Manter as condições dos caminhões em ordem também tem um custo alto para os profissionais autônomos, segundo o ministro.

Para atingir especificamente os caminhoneiros autônomos, o credito será limitado àqueles que possuem no máximo dois caminhões registrados em seu nome. A linha de crédito deverá ser ofertada, inicialmente pelo Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. Cada caminhoneiro terá direito a R$ 30 mil para comprar pneus e fazer a manutenção dos seus veículos.

A política de preço de combustíveis e as medidas para atender o setor de transporte de cargas, como o tabelamento do frete, foram tema de reunião ontem (16), no Palácio do Planalto, entre ministros de Estado, o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco e o diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Décio Oddone. O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Joaquim Levy, participou por meio de videoconferência.

Política de preços

A política de preços da Petrobras também é uma reivindicação dos caminhoneiros e será tema de uma nova reunião na tarde de hoje, desta vez com a presença do presidente Jair Bolsonaro. Pela manhã, o presidente se reuniu com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e com representantes de empresas do setor de combustíveis.

“Os ministérios e a Petrobras vão discutir esse tema. Agora, o governo sempre disse que a Petrobras tem autonomia e liberdade para exercitar aquilo que é necessário do ponto de vista de política de combustível”, disse Onyx.

Na semana passada, a Petrobras havia anunciado um reajuste de 5,7% do no preço do óleo diesel nas refinarias, mas a medida foi suspensa a pedido do presidente Jair Bolsonaro. Bolsonaro disse que quer entender aspectos técnicos da decisão da Petrobras e negou que haja interferência do governo na política de preços da estatal.

O presidente disse que há preocupação com o reajuste dos combustíveis pelo impacto no setor de transporte de cargas, afetando diretamente os caminhoneiros. Em maio do ano passado, a alta no preço do combustível levou à paralisação da categoria, que afetou a distribuição de alimentos e outros insumos, causando prejuízos a diversos setores produtivos.

Ao deixar o Palácio do Planalto, ontem, o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, afirmou que a decisão de suspender o reajuste do óleo diesel foi empresarial e que o presidente da República apenas alertou que o aumento poderia desencadear insatisfação dos caminhoneiros.

Após a decisão de suspender o reajuste do diesel na sexta-feira (12), houve queda na bolsa de valores e desvalorização de 8,54% das ações da Petrobras. Apesar de negar que está intervindo nos preços, o mercado costuma reagir mal quando o governo interfere diretamente em uma estatal competitiva como a Petrobras.

Em março, a Petrobras já havia anunciado mudança na periodicidade do reajuste no preço do diesel nas refinarias. Segundo a estatal, os preços nas refinarias da companhia correspondem a cerca de 54% dos preços ao consumidor final e não será reajustado em prazos inferiores a 15 dias.

Texto atualizado às 14h37.

Edição: Valéria Aguiar

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Política Nacional

Crise entre PF e Abin explode, e Lula cobra explicações sobre espionagem no Paraguai

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convocou, em caráter emergencial, o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, e o chefe da Abin, Luiz Fernando Corrêa, para uma reunião descrita por assessores como “tensa e constrangedora”. O encontro aconteceu após vir à tona que a Agência Brasileira de Inteligência teria mantido uma operação de espionagem contra autoridades paraguaias, mesmo já durante o atual governo.

A denúncia partiu de um servidor da própria Abin e foi revelada pelo UOL. Segundo as investigações, houve o hackeamento de membros do alto escalão do governo paraguaio, no contexto das negociações sobre a usina de Itaipu. O caso gerou forte desgaste diplomático, especialmente porque o Brasil sediará a COP30, em Belém, no fim do ano.

A princípio, o governo tentou atribuir a espionagem exclusivamente à gestão de Jair Bolsonaro. Uma nota do Itamaraty afirmou que a ação foi autorizada em junho de 2022 e encerrada em março de 2023, ainda na transição entre governos. Mas os depoimentos colhidos pela Polícia Federal contradizem essa versão.

Versões contraditórias e briga interna

Segundo os investigadores, a operação teria continuado sob comando informal de Luiz Fernando Corrêa, antes mesmo de sua sabatina no Senado. Há registros de ordens diretas dadas por ele nesse período. Na reunião com Lula, Andrei Rodrigues desmentiu a nota oficial encaminhada ao Itamaraty — redigida com base nas informações do próprio Corrêa.

A Polícia Federal já abriu inquérito para apurar não só a espionagem, como também o vazamento da operação. A crise acirrou a disputa entre Corrêa e Rodrigues, que já vinham se desentendendo nos bastidores devido às investigações sobre a chamada “Abin paralela”, formada durante o governo Bolsonaro.

Corrêa acusa a PF de perseguição política. A Polícia, por sua vez, afirma que o atual chefe da Abin tenta blindar aliados e sufocar investigações sensíveis.

O conflito atingiu seu ápice durante a reunião com Lula e o ministro da Casa Civil, Rui Costa. O encontro foi descrito como uma “acareação surpresa”, com o presidente irritado e sem disfarçar o incômodo com o desgaste provocado por uma estrutura que, na teoria, deveria operar com discrição.

Pressão sobre o Planalto

A revelação de que a espionagem pode ter continuado já sob o atual governo enfraquece a tentativa de transferir toda a responsabilidade à gestão anterior. Corrêa e Alessandro Moretti, ex-número dois da Abin, devem prestar depoimento nesta quinta-feira (17), e o conteúdo das oitivas pode definir o futuro de Corrêa no comando da agência.

Enquanto isso, a associação dos servidores da Abin (Intelis) publicou nota acusando a Polícia Federal de tentar enfraquecer a instituição — um sinal claro de que a crise virou uma guerra institucional.

A disputa entre PF e Abin coloca Lula no centro de um impasse perigoso. Com as duas principais estruturas de segurança do governo em choque, e sem controle sobre a narrativa, o Planalto agora enfrenta uma crise de confiança pública e diplomática.

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Política Nacional

Kajuru ameaça romper com Lula e diz se sentir ignorado pelo governo

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O senador Jorge Kajuru (PSB-GO), atual vice-líder do governo no Senado, deu sinais de possível rompimento com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Apesar do posto estratégico na articulação política, o parlamentar afirma estar sendo ignorado pelo Palácio do Planalto e relata dificuldades até mesmo para ser atendido por ministros.

A insatisfação de Kajuru se agravou após seu adversário político em Goiás, o senador Vanderlan Cardoso (PSD), ter sido beneficiado com repasses federais e com a nomeação de Abelardo Vaz Filho para o comando da Codevasf no estado.

“Ou Lula resolve a situação — que eu não aceito ser inferior a inimigo meu e dele — ou acaba tudo”, disparou Kajuru. “Me sinto traído.”

Segundo o senador, aliados petistas estariam tentando minar sua imagem junto ao presidente, insinuando que ele defende o ex-presidente Jair Bolsonaro em meio ao julgamento sobre a tentativa de golpe investigada pelo STF, além de criticar seus elogios públicos ao governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil).

Kajuru rebateu as críticas: “Fiz (a defesa de Bolsonaro) quando me perguntaram se comemorei o fato dele se tornar réu. Respondi que não. Ele nunca me fez mal e sempre me tratou bem. Me atendia na primeira chamada. Já o Lula nem atende. Tenho que ligar para o ajudante de ordens.”

Sobre Caiado, reforçou: “Nunca houve problema. Nunca reclamou dos meus elogios ao presidente.”

O senador também relembrou sua ligação histórica com Lula, que começou na campanha presidencial de 1989. Na época, subiu em um palanque petista e acabou demitido da emissora em que trabalhava. “São 35 anos de amizade”, destacou.

Ao ser questionado sobre os ministros que não retornam suas ligações, Kajuru mencionou Rui Costa (Casa Civil), Renan Filho (Transportes) e Margareth Menezes (Cultura). O parlamentar lamenta o que chamou de “isolamento” dentro do núcleo de governo.

“No plenário, vários senadores comentam comigo que é melhor ser inimigo do Lula do que aliado dele nesse governo. Aquele Lula que recebia senadores, deputados, empresários e jornalistas semanalmente no Planalto, com almoços aos sábados, não existe mais. Era outro Lula”, criticou, ao comparar o atual governo com os mandatos de 2003 a 2010.

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Bolsonaro quebra o silêncio após internação: “Quase 100% e chipado”

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) falou publicamente nesta sexta-feira (11/4) após ser internado com fortes dores abdominais, resultado de complicações ligadas à facada sofrida em 2018. Em vídeo enviado à imprensa, ele confirmou que segue sem previsão de alta e afirmou estar otimista quanto à recuperação.

“Ainda estou sem previsão de alta. Esse protocolo médico precisa ser seguido corretamente. Quando eu tiver alta, volto para casa, em Brasília, e, depois de 10 ou 15 dias, retorno ao Nordeste para retomar as agendas da Rota 22”, declarou Bolsonaro, referindo-se ao seu tour político pelo país.

Mesmo internado, monitorado por máquinas e sob cuidados médicos no Hospital Rio Grande, em Natal (RN), o ex-presidente manteve o bom humor:

“Já estou quase 100% e continuo chipado”, brincou, em alusão ao chip hormonal que utiliza.

 

 

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