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Fusões partidárias e a sobrevivência política

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O cenário político brasileiro está em constante transformação, impulsionado por uma série de fatores, incluindo a crescente polarização ideológica e a busca pela sobrevivência política. A mais recente onda de fusões, incorporações e federações partidárias é uma resposta direta à cláusula de barreira, instituída pela Emenda Constitucional nº 97/2017.

A cláusula de barreira, que exige um desempenho mínimo nas eleições gerais para acesso integral aos recursos públicos e ao tempo de propaganda, tem forçado partidos menores a buscar alternativas para garantir sua sobrevivência. A exigência, que em 2023 era de 2% dos votos válidos em nove estados ou a eleição de onze deputados federais, aumentará para 3% dos votos e 13 deputados em 2026.

Essa mudança tem gerado uma crise partidária, com legendas menores buscando alianças estratégicas para evitar o desaparecimento. Ao mesmo tempo, a polarização entre direita e esquerda dificulta a competitividade dos partidos de centro, que perdem espaço nas eleições e na representação parlamentar.

Diante desse cenário, as federações partidárias surgem como uma alternativa interessante. Diferente das fusões e incorporações, onde um partido é absorvido por outro, as federações permitem que duas ou mais siglas atuem juntas por pelo menos quatro anos, mantendo formalmente suas identidades. No entanto, essa união impõe desafios internos às legendas associadas. Algumas federações já foram formalizadas, como a aliança de centro-direita entre PSDB e Cidadania, a movimentação para fortalecer a esquerda com PT, PV e PCdoB, e a união de siglas ideologicamente próximas como PSOL e Rede. Entretanto, as últimas notícias veiculadas, demonstram que os partidos não ficaram satisfeitos com essas alianças, demonstrando, inclusive mostras que não terão continuidade para as eleições de 2026.

Agora a possível fusão do PSDB com PSD ou MDB é um dos temas mais polêmicos do momento. O PSDB, que já teve grande protagonismo na política brasileira, enfrenta uma crise de identidade e sobrevivência. A fusão, se confirmada, pode decretar o fim de um dos partidos mais tradicionais do país. Outros partidos também buscam fusão e incorporação, como União Brasil, Republicanos e PP, que podem formar a maior bancada no Congresso, e Solidariedade e Avante, que buscam manter o acesso ao fundo partidário.

Essa reconfiguração do cenário político já levou à extinção de partidos históricos, como o PTB, que foi recentemente incorporado ao Patriota, e o PCB, que luta para se manter relevante. A cláusula de barreira, que visa impedir a criação de partidos artificiais, pode ter um efeito colateral negativo, eliminando siglas com história e relevância, e concentrando ainda mais o poder nas mãos de grandes legendas.

O futuro da política brasileira é incerto, mas é inegável que estamos diante de uma nova era para os partidos políticos. A busca pela sobrevivência, a polarização ideológica e a reconfiguração do cenário partidário são fatores que moldarão o futuro da democracia no Brasil.

Carlos Hayashida é analista político, advogado e vice-presidente da Comissão de Direito Eleitoral da OAB/MT.

E-mail: [email protected]

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Maria Cândida em Cuiabá reforça a importância de ressignificar histórias e reconstruir caminhos

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No auge da carreira profissional na televisão ao desemprego e a depressão. Estes foram os momentos vividos pela jornalista Maria Cândida até se reinventar como criadora de conteúdo digital e palestrante, com temas voltados para o universo feminino, como empreendedorismo, superação, saúde, longevidade, beleza, dentre outros assuntos. Com força de vontade e persistência, a comunicadora driblou as adversidades e se reergueu. Hoje segue inspirando outras mulheres a se reconhecerem suficientes e dona da própria história.

A jornalista deu uma palestra para mais de 200 empreendedoras, na agência Metropolitana do Sebrae/MT (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso), no Goiabeiras Shopping, em Cuiabá, na noite desta quinta-feira (13). Na ocasião ela reforçou a importância de se ter uma rede de apoio e de buscar ajuda para crescer e se desenvolver “o Sebrae é o suporte de planejamento e gestão para as mulheres empreendedoras”, diz.

A jornalista e palestrante, Maria Cândida

Maria Cândida reforçou que as mulheres precisam se engajar e acreditar que são suficientes, poderosas, boas e que muitas são super competentes, mas que ainda duvidam da sua capacidade. “Hoje quero motivá-las, a partir da minha história, uma mulher que teve 20 anos de muito sucesso na televisão e, depois disso, tentei várias coisas, sofri etarismo, preconceito, portas fechadas, tive crises de pânico, depressão, gastei todo o dinheiro e, depois, ressurgi do nada com um celular na mão e um pau de selfie”, enfatizou.

Ela ainda destacou a importância de a mulher buscar obter o próprio recurso financeiro e o empreendedorismo é uma das portas de oportunidade. “Eu não acredito em um mundo em que a mulher não tenha segurança financeira. Se ela não tiver o dinheiro dela fica muito difícil e isso a deixará vulnerável em muitas coisas, inclusive de ser desqualificada e acreditar na desqualificação. A partir do momento que ela tem o seu próprio dinheiro, ela vai avançando”, ponderou.

O Presidente do Conselho Deliberativo Estadual (CDE) do Sebrae/MT, Jonas Alves, pontuou que o encontro fortalece ainda mais o ecossistema de empreendedorismo feminino.

“O Sebrae desempenha um papel importante para desenvolver o empreendedorismo feminino, dando assistência, informação e levando conhecimento para essas empreendedoras. Elas podem contar com o Sebrae para se desenvolverem e fazer o seu negócio prosperar”, assegurou.

A diretora-superintendente do Sebrae/MT, Lélia Brun, destaca que esta ação faz parte da programação da instituição para este mês, denominado “Março Mulher – Encontro Entre Elas”. Ela explica que a instituição está comprometida em criar uma rede de apoio para ajudar na jornada destas mulheres em todo Estado.

Diretora-superintendente do Sebrae/MT , Lélia Brun, durante encontro com mulheres

“Investir no protagonismo feminino é essencial para o desenvolvimento econômico de Mato Grosso. No Sebrae/MT há espaço para toda empreendedora”, pontuou ao explicar que as ações voltadas às mulheres seguem o ano todo e em todas as regiões. “Teremos palestras e diversos encontros, capacitações, programa de acesso à crédito, conexões de mercado e políticas de incentivo que ampliem as oportunidades para as empreendedoras”, falou.

Recomeços

Uma das participantes do evento, Ana Paula Laurentino, transformou o momento de dificuldade na saúde e na vida profissional e passou a empreender. “Fui diagnosticada com lúpus e cheguei a ficar internada na UTI em uma situação delicada. Ao sair do hospital fui demitida. Aí comecei a empreender com estética natural facial e estou no mercado há seis meses. Fui para este nicho porque sou adepta de uma vida mais saudável e este mercado me encantou. Estou me capacitando e quero crescer ainda mais”, destacou a proprietária da Florallis Estética Natural.

Já a Awdrey Santana está há seis anos trabalhando com confeitaria. Para ela, a oportunidade de trabalhar com a produção própria também veio após uma demissão. “Eu amo o que eu faço. Antes era empregada como confeiteira e, após a demissão, criei coragem para ter meu próprio negócio. Hoje participo de vários eventos voltados para empreendedores e cada encontro realizo trocas diversas e adquiro conhecimento”, enumerou a empresária da Awdrey Santana Confeitaria.

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Maioria das mulheres empreendedoras em MT é mãe e chefe de família, revela pesquisa do Sebrae/MT

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Levantamento realizado pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT) indica que a maioria das mulheres empreendedoras de Mato Grosso é mãe (77%) e chefes de família (64%), com idade entre 35 e 54 anos (60%). Os dados constam na pesquisa “Empreendedorismo Feminino”, que visa compreender o perfil das mulheres que investem no próprio negócio. São mais de 188 mil empreendedoras em Mato Grosso, o que corresponde a 40% do total no Estado.

O estudo foi lançado durante evento com a imprensa nesta quinta-feira (13), na Agência Metropolitana do Sebrae/MT, no Goiabeiras Shopping, em Cuiabá. Na ocasião, Lélia Brun, diretora-superintendente do Sebrae/MT, destacou que a intenção da pesquisa é traçar o perfil destas empreendedoras e identificar os obstáculos enfrentados pelas mulheres. Ela reforça que esses dados trazem embasamento para que a instituição crie soluções e estratégias eficazes para fortalecer o ecossistema do empreendedorismo feminino no Estado.

“A pesquisa nos permite promover dois verbos que fazem parte do DNA da nossa instituição: servir e apoiar. Quando se toma conhecimento das dificuldades, encurta-se o caminho para a criação de soluções para o avanço dos negócios, sobretudo nos pequenos negócios liderados por mulheres”, ressalta.

O estudo aponta ainda que o total de empreendimentos idealizados ou comandados por pessoas do sexo feminino avançou três pontos percentuais em relação ao ano anterior. Dentre elas, 42% se enquadram como microempreendedoras individuais (MEI), 37% são donas de microempresas (ME) e 10% são líderes em empresas de pequeno porte (EPP). Por outro lado, outras 11% atuam na informalidade.

“Sabemos que muitas começam empreender por dificuldades financeiras [58%], portanto, elas buscam esta liberdade econômica e social, e neste aspecto, o Sebrae/MT atua para fortalecer estas mulheres em seus negócios, para que elas se tornem prósperas e competitivas. É fundamental construirmos um ecossistema que permita a inclusão e o avanço do número de mulheres em posições de liderança nas empresas”, destaca a diretora.

Quanto ao campo de atuação, 85% das mulheres à frente dos empreendimentos estão nos setores de comércio e serviços, especialmente nas áreas de beleza e estética, confecções e vestuário e alimentação fora do lar. Em relação à escolaridade, 9 em cada 10 empreendedoras têm segundo grau completo e 37% concluíram a faculdade.

O elevado nível de qualificação traz reflexos positivos para os resultados e consolidação das marcas no mercado. Isso porque 43% das empresas lideradas por mulheres, tem entre 3,5 e 9 anos de atuação e 20% estão estabelecidas há mais de 10 anos. Quase metade (49%) disseram que o faturamento de seus negócios cresceu mais de 15% no último ano.

Soluções e oportunidades

Para auxiliar pessoas do sexo feminino na jornada empreendedora, o Sebrae Mato Grosso oferece uma gama variada de programas de qualificação profissional, workshops e treinamentos sobre inovação, além de ampliar as consultorias especializadas e parcerias para facilitar o acesso a crédito, como são os casos dos programas “Sebrae Delas”, “Força Mulher” e o “Acredita Delas”.

O “Sebrae Delas” propõe fomentar e profissionalizar práticas empresariais e políticas públicas para valorizar competências, comportamentos e habilidades das mulheres com a mescla de elementos como inteligência, sensibilização, articulação e formação de rede e capacitação. Já o “Força Mulher”, é um programa voltado a apoiar e promover a inclusão socioprodutiva de mulheres em situação de vulnerabilidade social.

Por meio do “Acredita Delas”, realizado em parceria com o Governo Federal, a proposta é oferecer aval de 100% para operações de crédito de empresas lideradas por mulheres. O trabalho conjunto com as instituições financeiras tem como objetivo reduzir a desigualdade no acesso ao crédito, especialmente para microempreendedoras individuais (MEI) e mulheres que atuam em regiões desfavorecidas.

Além disso, o Sebrae/MT homenageia empreendedoras mato-grossenses por meio do Prêmio Sebrae Mulher de Negócios (PSMN).

Sobre a pesquisa

A pesquisa foi realizada entre os dias 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 1.864 donas ou sócias de pequenos negócios (formais e informais) no Estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma margem de confiança de 95% e margem de erro de 4%.

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Da escola direto para o tatame: crianças e mães ganham incentivo em projeto social

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O deputado estadual Elizeu Nascimento (PL) anunciou, nesta quarta-feira (12), a destinação de R$ 190 mil para fortalecer o Projeto Agente Mirim (AGEM), uma iniciativa da Associação dos Servidores Penitenciários de Campo Novo do Parecis (ASP-CNP). O programa tem como pilares a hierarquia, disciplina e fortalecimento da família, além de atuar na prevenção ao uso de drogas.

Atualmente, o projeto atende cerca de 120 crianças e adolescentes, com idades entre 8 e 16 anos, oferecendo atividades esportivas como futebol, karatê, judô e capoeira. Além disso, até as mães dos alunos entram na jogada, participando de treinamento funcional.

O policial penal Fábio Aguiar, responsável pelo AGEM, comemorou o investimento e destacou o impacto positivo que o recurso trará para a continuidade do projeto.

“É com muita satisfação que recebemos essa ajuda do deputado Elizeu Nascimento. Esse dinheiro vai ser importante para dar continuidade na formação dos agentes mirins e, é claro, garantir um futuro muito mais promissor para nossas crianças”, disse.

O deputado, por sua vez, ressaltou que sempre esteve envolvido em ações sociais voltadas ao esporte e acredita que projetos como esse ajudam a manter os jovens longe da criminalidade e das drogas.

“Em toda minha vida política, apoiei e estive presente em projetos sociais ligados ao esporte. Em Cuiabá mesmo, temos a Escolinha Eldorado da Serra, que já revelou vários jogadores para o futebol nacional. Precisamos incentivar essas iniciativas para dar um caminho melhor para nossos jovens”, afirmou Elizeu.

Com esse reforço no orçamento, os pequenos agentes mirins de Campo Novo do Parecis terão ainda mais estrutura para crescer com disciplina, esporte e valores que os afastem das más influências.

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