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Política Nacional

Em CPI, ex-diretor da Vale diz já ter sido punido por mineradora

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O ex-diretor-executivo de Ferrosos e Carvão da Vale S.A., Gerd Peter Poppinga, prestou hoje (11) depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado que apura as causas do rompimento da Barragem da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG).

Ao responder um questionamento do senador Jorge Kajuru (PSB-GO), ele afirmou já ter sido penalizado pela Vale S.A. por não ter cumprido metas relativas à segurança. De acordo com Poppinga, ele recebeu indicativo zero no quesito segurança. Outros diretores também teriam recebido nota negativa da mineradora. Segundo ele, a empresa tinha metas coletivas associadas aos resultados, metas estratégicas relacionadas à melhoria das vendas e metas específicas, relacionadas a questões de segurança.

Poppinga também disse que ficou “profundamente abalado” com tragédia que matou 225 pessoas. “Estou profundamente abalado e quero, mais uma vez, expressar meus sentimentos a todos os familiares que perderam seus entes queridos. Tenho certeza de que os trabalhos desta CPI ajudarão a esclarecer os fatos”, disse o ex-diretor-executivo.

O ex-diretor da área de Ferrosos e Carvão da empresa Vale, Gerd Poppinga, foi ouvido pelos integrantes da CPI de Brumadinho, no Senado.

O ex-diretor da área de Ferrosos e Carvão da empresa Vale, Gerd Poppinga, foi ouvido pelos integrantes da CPI de Brumadinho, no Senado – Geraldo Magela/Agência Senado

Poppinga teve seu afastamento da empresa pedido pelo Ministério Público Federal (MPF) após o rompimento da barragem de Brumadinho, em 25 de janeiro. Ele acabou deixando a mineradora no início de março. Em resposta, o senador Otto Alencar (PSD-BA) disse que o lamento do empresário não resolverá o problema, lembrando que ele ainda é julgado pelo rompimento da Barragem de Fundão, em Mariana (MG), em 2015.

“Lamentar o que aconteceu e dizer que está comovido não vai resolver, até porque este é um problema com reincidência. Por muito menos, um pobre passando fome que assalta um mercado para levar comida para sua família está na cadeia”, disse o senador. Poppinga rebateu afirmando que ainda não foi julgado. “Sou absolutamente inocente e confio na capacidade da Justiça”.

*Com informações da Agência Senado

Edição: Carolina Pimentel

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Política Nacional

Medeiros chama Psolista de “Papai Smurf” e vira alvo de pedido por quebra de decoro

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O deputado federal José Medeiros (PL-MT) passou a ser alvo de dois pedidos de investigação por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados. Um dos pedidos solicita, inclusive, a cassação do mandato do parlamentar.

O primeiro requerimento foi apresentado pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), em razão de declarações consideradas ofensivas feitas por Medeiros contra o deputado Ivan Valente (PSOL). Durante uma discussão, o parlamentar mato-grossense afirmou que “canalhas também envelhecem” e chamou o colega de “Papai Smurf”, em referência ao personagem de desenho animado.

O PSOL argumenta que as falas foram discriminatórias e configuram etarismo, ressaltando que a atitude extrapolou os limites do debate parlamentar e feriu as normas éticas da Casa.

O segundo pedido de investigação foi protocolado pelo advogado cuiabano Paulo Marcel Grisoste Santana Barbosa, que pede a cassação de Medeiros por ofensas contra a advogada Izabella Borges durante uma sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), no dia 23 de outubro.

De acordo com o documento, Medeiros teria se referido aos advogados presentes como “padrão advogado de porta de cadeia” e, ao ser contestado, respondeu a Izabella Borges com a frase “cala a boca”, enquanto exercia seu tempo de fala.

Em nota, a assessoria de José Medeiros classificou as denúncias como tentativas de “calar o contraditório e intimidar quem pensa diferente”. O deputado afirmou que suas declarações foram feitas no “pleno exercício do mandato parlamentar” e estão protegidas pela Constituição.

Medeiros declarou ainda que suas falas durante a CPMI tinham o objetivo de defender cidadãos que, segundo ele, foram vítimas de esquemas que prejudicaram aposentados, pessoas com deficiência e populações vulneráveis. Disse também que continuará atuando em defesa da “população injustiçada”, sem se intimidar com o que chamou de “retaliação política”.

O Conselho de Ética deverá avaliar os pedidos e decidir se abre processo disciplinar contra o parlamentar.

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Política Nacional

Gisela é a nova vice-líder do maior bloco parlamentar da Câmara; ‘363 deputados e 8 partidos’

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A deputada federal Gisela Simona (União Brasil-MT) foi oficialmente escolhida para ocupar a vice-liderança do maior bloco parlamentar da Câmara dos Deputados, uma coalizão robusta formada por oito partidos e que reúne 363 dos 513 deputados, representando uma força decisiva no cenário legislativo nacional.

Essa nomeação não apenas reconhece o trabalho técnico e político da parlamentar mato-grossense, como também simboliza um avanço significativo na representatividade feminina nos espaços de poder, uma vez que Gisela continua líder da bancada feminina do União, na Câmara dos Deputados, e presidente do diretório da legenda em Cuiabá.

Sua atuação tem sido marcada por presença constante em plenário, dedicação ao estudo das matérias legislativas e compromisso com o aprimoramento dos textos que impactam diretamente a vida dos brasileiros.

Em suas redes sociais, Gisela agradeceu ao líder do bloco, deputado Pedro Lucas Fernandes (União-AM), pela confiança depositada. E à imprensa destacou a magnitude da responsabilidade: “Assumir essa posição reflete a confiança do líder, à responsabilidade que me é atribuída e, simultaneamente, o reconhecimento do trabalho que temos desenvolvido nesta Casa.”

A vice-liderança exige habilidades de articulação e domínio regimental, incluindo tarefas como orientação da bancada, apresentação de destaques, solicitação de votações nominais e verificação de votos. Gisela enfatizou que essas atribuições demandam “comprometimento hercúleo e são essenciais para garantir que o bloco atue com coesão e eficácia”.

O bloco parlamentar, composto por União Brasil, PP, PSD, Republicanos, MDB, Federação PSDB-Cidadania e Podemos, atua como uma força unificada, respeitando a identidade de cada legenda, mas operando com sinergia estratégica. Essa união confere ao grupo peso eleitoral expressivo, além de capacidade de negociação ampliada com o governo federal e outras forças políticas. O bloco também exerce influência significativa em tempo de fala em plenário, número de destaques, relatorias, obstruções e vagas em comissões permanentes.

A ascensão de Gisela Simona à vice-liderança reforça a presença da bancada mato-grossense em posições estratégicas e consolida o papel das mulheres na condução dos rumos políticos do país. Sua trajetória, marcada por seriedade, preparo técnico e compromisso com a democracia, inspira outras lideranças femininas e fortalece o protagonismo das mulheres na política nacional.

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Política Nacional

Educação em foco: PEC que flexibiliza vínculos para docentes é aprovada

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A Câmara dos Deputados aprovou, em dois turnos, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 169/19, que autoriza os professores do serviço público a acumularem um cargo de magistério com outro de qualquer natureza. A medida, considerada uma vitória histórica da categoria, segue agora para votação no Senado Federal.

Pela legislação atual, os servidores públicos são proibidos de acumular cargos, salvo algumas exceções — entre elas, os casos de dois cargos de professor ou a combinação de um cargo de magistério com outro de caráter técnico ou científico. Profissionais da saúde também têm direito semelhante.

Com a nova redação, a PEC elimina a exigência de que o segundo cargo seja técnico ou científico, permitindo que os educadores tenham mais liberdade profissional para exercer outras funções públicas, inclusive administrativas.

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), celebrou a aprovação e destacou o protagonismo dos professores na mobilização pela proposta:

“Cumprimento todos os professores do Brasil que defenderam a aprovação dessa PEC. Ela traz uma flexibilização necessária, reconhecendo a importância do trabalho docente.”

O deputado Allan Garcês (PP-MA) reforçou o caráter histórico da medida:

“Os professores fazem parte da base da educação e merecem esse reconhecimento, que garante mais dignidade e oportunidades.”

Já o líder do PT, Lindbergh Farias (RJ), ressaltou o apoio do Ministério da Educação à proposta:

“O ministro Camilo Santana acompanhou de perto essa discussão e entende que a valorização do magistério passa também por essa conquista.”

A proposta, agora sob análise do Senado, é vista como um avanço na valorização da categoria, especialmente em tempos de sobrecarga e baixos salários, e pode abrir um novo capítulo na política de carreira dos educadores brasileiros.

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