O Democratas contratou uma pesquisa para avaliar a viabilidade de cinco nomes que poderiam disputar a Prefeitura de Várzea Grande, na eleição de novembro deste ano. A informação foi confirmada pelo ex-senador Júlio Campos (DEM).
Segundo ele, a sigla avalia o nome de três filiados ao partido e mais duas pessoas que, embora não pertençam aos quadros do DEM, integram o mesmo grupo político da família Campos – que atualmente comanda o Paço Couto Magalhães.
Dentre os democratas estão o vice-prefeito da cidade José Hazama, o vereador Fabio Tardim e o empresário Júlio Pacheco.
Também são avaliados os nomes do ex-secretário de Governo do Município Kalil Baracat (MDB) e do deputado federal Emanuel Pinheiro Neto (PTB).
“O DEM contratou uma pesquisa para saber quem é mais viável. E agora vamos chamar pré-candidatos. Vamos nos reunir e ver quem é o melhor o candidato”, disse o ex-senador ao MidiaNews.
Segundo ele, o partido tem pressa para discutir o assunto, dada a proximidade do início das convenções partidárias – momento em que os partidos definem seus candidatos.
Pela legislação eleitoral, as convenções devem ocorrer no período de 31 de agosto a 16 de setembro.
“Temos que começar as definições agora. Falta menos de um mês para as convenções. Então, já tem que estimular o pré-candidato para montar coligação”, disse Júlio.
Disputa na Capital
O ex-governador também falou rapidamente sobre a candidatura do DEM na Capital.
Segundo ele, o partido deve lançar o ex-deputado federal Fabio Garcia, uma vez que o presidente da Assembleia Legislativa Eduardo Botelho – que também é cotado – não assumiu a condição de pré-candidato.
“Em Cuiabá estamos aguardando o candidato natural que é o Fabio. Está nas mãos do governador Mauro Mendes [a decisão]. Quem ele indicar, será o candidato. A preferência, em unanimidade, é Fabio Garcia, já que o Botelho não quer assumir”, resumiu.
O deputado estadual Valdir Barranco (PT), teve piora no quadro de saúde e precisou ser intubado neste sábado (20). O parlamentar está internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) desde a última segunda-feira (15).
Segundo os médicos, o procedimento é necessário para melhor a sua oxigenação.
Sua esposa, Roseli Barranco, também havia sido internada, mas recebeu alta neste sábado e já está em casa.
O filho do deputado estadual Valdir Barranco (PT), Paulo Henrique, também testou positivo para a covid-19 nesta semana. Ele apresentou quadro de pneumonia, mas está bem e está tratando da doença em casa.
O deputado estadual Silvio Fávvero (PSL) afirmou estar sofrendo retaliação por parte da base parlamentar do governo do Estado na Assembleia Legislativa (AL), após ter dado parecer favorável ao Projeto de Lei Complementar (PLC) 36/2020 na Comissão de Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR).
“Eles estão descontentes por causa dos meus pareceres. Eu tenho um posicionamento, sou muito convicto nas minhas decisões e eu vim pra servir, e pelo o período que eu estiver aqui quero fazer a diferença, pelo menos eu fiz a minha parte”, disparou.
De acordo com Fávero, teria ocorrido uma movimentação para que ele não fosse relator da CCJ devido os pareceres contrários às vontades do Executivo, porém ele disse que está tranquilo perante a questão.
“Não posso ser relator de alguma coisa e aceitar ser pressionado. Chegou alguns recados pra mim e se quiser me tirar eu estou tranquilo”.
Questionado se chegou a conversar com os deputados governistas, ou com algum representante do Palácio Paiaguás, o deputado disse que ainda não , mas que está aguardando uma conversa. “Não cheguei a conversar, mas estou esperando…”. Sobre o assunto, o presidente da Casa de Leis Eduardo Botelho (DEM), comentou que não recebeu nenhuma pressão por parte do governo do Estado em relação ao nome de Silvio na CCJ.
“Eu não recebi nenhuma pressão, nem montamos ainda os blocos. Agora que eu vou encaminhar para os deputados se posicionarem, e depois disso o líder indica o representante de cada comissão. Então nem os blocos foram montados ainda, não tem como ter pressão’, justificou Botelho.
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes comparou hoje a força-tarefa de Curitiba da Operação Lava Jato com um “esquadrão da morte”. Gilmar também fez duras críticas ao grupo de procuradores e ao ex-juiz Sergio Moro, que contribuíram para a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à prisão.
“Acho tudo isso lamentável, todos nós de alguma forma sofremos uma manipulação disso que operava em Curitiba. Acho que temos que fazer as correções devidas, tenho dito e enfatizado que Lula é digno de um julgamento justo”, disse o ministro do Supremo durante o UOL Entrevista, conduzido pelo colunista do UOL Tales Faria.
“Independentemente disso, temos que fazer consertos, reparos, para que isso não mais se repita, não se monte mais esse tipo de esquadrão da morte. Porque o que se instalou em Curitiba era um grupo de esquadrão da morte, totalmente fora dos parâmetros legais”, completou.
Moro como chefe da Lava Jato
O ministro Gilmar Mendes disse que a força-tarefa da Lava Jato atuou sem supervisão da PGR (Procuradoria-Geral da República) e que Moro parecia um chefe da operação.
Eles se situavam numa estratosfera que não tinha supervisão da procuradoria, não estava submetida ao procurador-geral, não tinha um subprocurador e contatavam diretamente com juiz. Nesse caso de Curitiba, a impressão que fica era que o Moro era o verdadeiro chefe da operação Lava Jato.
Gilmar ainda cobrou respostas do Congresso Nacional. “É chegada a hora de o Congresso se debruçar sobre as leis organizacionais do Ministério Público para de fato ter algum tipo de controle político sobre essa instituição”, disse. “Como nós vimos, era uma ameaça à democracia. Ao fim havia um ‘partido da Lava Jato’, estavam interferindo no processo político, prendiam um candidato que era eventual candidato a governador e definiam a eleição, tudo num jogo combinado. Eles fazem vergonha à Stasi, aquela polícia da Alemanha Oriental.”.
Monitoramento de Lula não tem respaldo legal, diz Gilmar
Na visão do ministro, o monitoramento da vida do ex-presidente Lula, como fez a Lava Jato, é ilegal. “Eles monitoraram passo a passo a vida do Lula e tinham um modelo de comunicação com a Polícia Federal que dizia minuto a minuto o que ele iria fazer. Isso não tem respaldo na lei, não é assim que se faz interceptação telefônica, e assim se fez.”
Para Gilmar, a investigação contra Lula começou com todos já sabendo o resultado. “Se é que a gente pode chamar isso tudo de julgamento a esta altura, diante de todos esses antecedentes, diante de tudo o que se fez, era um julgamento cujo resultado já se sabia a priori.”.
“Há uma passagem em que se fala do [condenado pela Lava Jato, o administrador Aldemir] Bendine, em que se diz, por exemplo, que ele será transferido a um presídio que teria condições precárias. Aí o Deltan brinca que ele já se dispôs a cooperar. A transferência é muito efetiva e Moro pediu para atrasar a transferência. O que isso significa? Vamos mandar um sujeito para péssimas condições porque ele vai cooperar. Isso tem nome, vimos na ditadura militar, isso se chama tortura.”
No julgamento sobre o compartilhamento das mensagens com a defesa de Lula, que aconteceu na terça na Segunda Turma do STF, Gilmar já havia criticado esse fato: “Nós fomos cúmplices. [Foi] Tortura feita por esta gente bonita de Curitiba”.
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