Investigação da Delegacia de Roubos e Furtos (Derf) de Cuiabá apontou que, de uma média dos 20 roubos realizados pela quadrilha que está sendo desarticulada na Operação Distrust, nesta quarta-feira (17), ao menos 7 foram realizados em lojas da rede Martinello e tinham preferência por celulares e eletrônicos, que eram revendidos ‘na praça’. Esse será o novo foco da polícia, os receptadores.
A informação foi confirmada pelo delegado Gustavo Bertoli, titular da Derf. “Foram uma onda de crimes contra lojas de eletrodomésticos, como por exemplo, a Martinello, a Americanas e a Novo Mundo, que resultaram em um prejuízo estimado em R$ 1 milhão”, destacou.
Para o delegado, esse primeiro momento é para desqualificar o esquema do grupo. “A fase é dedicada para o combate dos crimes. Estamos focados em acabar com as ações, combater o grupo que estava fomentando os roubos, gerenciando a prática e o ciclo criminoso”.
Nove dos 10 mandados de prisão foram cumpridos, 4 são contra homens que já estão presos na Penitenciária Central do Estado (PCE). Outros três não tiveram a identidade informada e dois continuam foragidos.
Celulares e eletrônicos
Delegado Henrique Trevisan explicou que o foco da quadrilha, em muitos dos casos, eram aparelhos de celulares, tabletes e eletrodomésticos. Produtos que tinham ‘saída’ facil no mercado.
“Esses aparelhos eram colocados no mercado justamente para liquidas e fomentar o grupo criminoso. Revendedoras, de forma parcelada, inúmeros formatos, como conseguiam, mas o principal fluxo era aí de revenda aí na praça”, explicou.
A investigação não para por aqui. Além dos mandados de prisão, ao menos 17 mandados de busca e apreensão foram cumpridos pelos investigadores.
O objetivo é colher o máximo de informação possível e uma próxima operação pode focar, por exemplo, nos receptadores dos produtos roubados. Delegados evitaram falar sobre lojas que recebem esses produtos, já que ainda estão sendo investigadas.
Também está na mira dos investigadores a possível participação de funcionários das empresas, o que não foi comprovado por enquanto. Celulares, anotações, dinheiro e outros objetos foram apreendidos durante a operação. O caso segue em andamento.
*FONTE:GAZETA DIGITAL